Presidente eleito quer que Bolsonaro peça desculpas aos brasileiros e aos militares
Na manhã dessa quinta-feira (10), depois de um dia cheio de agendas institucionais em Brasília, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante uma reunião com parlamentares, que a divulgação do relatório sobre as eleições de 2022, por parte do Ministério da Defesa, foi “humilhante e deplorável” para as Forças Armadas.
“Ontem aconteceu uma coisa humilhante, deplorável para as nossas Forças Armadas. O presidente da República não tinha o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas, coisa que é da sociedade civil, dos partidos políticos e do Congresso Nacional”, disse o petista.
As declarações aconteceram ao lado do vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição Geraldo Alckmin (PSB). Os dois se reuniram com deputados e senadores de bancadas aliadas para uma série de reuniões internas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona a transição de governo.
Foi a primeira vez em que Lula compareceu ao local para realização de um evento. O presidente eleito irá retornar para São Paulo ainda nesta quinta e deverá se preparar para sua viagem ao Egito, que será na manhã da próxima segunda-feira (14), para participar da COP-27.
Na noite desta quarta-feira (9), o Ministério da Defesa divulgou o documento que comprova o trabalho “de fiscalização do sistema eletrônico de votação” feito pelos militares. O registro não destacou nenhum elemento que indique quaisquer possibilidades de fraude no pleito do último dia 30 de outubro, em que o petista derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na manhã de hoje, porém, o ministério publicou uma nova nota informando que “o trabalho dos técnicos militares, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.
O petista, além de falar sobre o “resultado humilhante”, também direcionou críticas a Bolsonaro, defendendo que o atual chefe do Executivo “tem obrigação de vir a televisão e pedir desculpas à sociedade brasileira” e aos militares por apresentar um “relatório que não diz nada”, de algo que, durante muito tempo, o presidente acusou.
“Um presidente da República pode errar, mas ele não pode mentir”, encerrou o petista.
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