Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal fez ações para impedir o voto de eleitores nordestinos na disputa presidencial do ano passado
Preso, Silvinei Vasques presta depoimento nesta quinta-feira ·
Após sua prisão em Florianópolis, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi transferido para a capital federal na tarde de quarta-feira (9). Sua chegada a Brasília ocorreu por volta das 16h30 e imediatamente ele passou por uma audiência de custódia. As autoridades judiciais agendaram seu depoimento perante a Polícia Federal (PF) para esta quinta-feira (10).
A ação da Polícia Federal, conhecida como “Operação Constituição Cidadã”, busca esclarecer possíveis interferências no desenrolar do segundo turno das eleições de 2022. Vasques, que ocupava um cargo de relevância na PRF, foi detido no contexto dessa operação. As acusações concentram-se em alegações de que recursos e pessoal da PRF teriam sido utilizados para criar obstáculos ao trânsito de eleitores do então candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 30 de outubro do ano passado, que foi eleito a despeito da interferência indevida.
Silvinei Vasques permanecerá detido durante a noite na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. A expectativa é de que posteriormente ele seja encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda. A operação “Constituição Cidadã” também alvejou outros membros da cúpula da PRF, com a execução de dez mandados de busca e apreensão. As possíveis implicações legais dessas ações incluem acusações de prevaricação, violência política e transgressões eleitorais, conforme previsto no Código Eleitoral Brasileiro.
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