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Prezado general Luiz Rocha Paiva, patriota brasileiro

Em  minha humilde caminhada de lutas e estudos sobre nossa realidade brasileira aprendi que as forças armadas brasileiras contam sim com militares honrados, nacionalistas, patriotas e aliados da justiça social num Brasil soberano.

Claro, lendo as várias biografias do genral  Luiz Carlos Prestes, notadamente a escrita por sua filha Anita Leocadia Prestes, “Luiz Carlos Prestes um Comunista Brasileiro” (pela Boitempo Editorial, São Paulo, 2015), percebo que os conflitos que dominam a sociedade brasileira, desde a colonização até hoje com a subserviência do grupo lacaio dos Estados Unidos, totalmente idiota e imbecilizante, que as tensões feitas visões ideológicas e políticas, fazem parte do ambiente militar onde o senhor atuou e a partir do qual vê as forças que moldam nossa economia e movem o Estado.

É digna de atenção e de respeito a sua grandeza manifesta na crítica a Jair Bolsonaro, levado desgraçadamente à presidência no Brasil,  não por um acaso nem por intervenção divina nem por ação satânica, mas por um jogo dos mais sujos sob o comando de corporações imperialistas de prática da rapina de nossa soberania e de tudo o que melhor é o nosso país.

Tenha a certeza, general Paiva, de que sua postura é acolhida com muito entusiasmo e carinho por grande parte do nosso povo brasileiro, principalmente por nossos irmãos e nossas irmãs nordestinos/as.

Jair Bolsonaro foi escolhido por Donald Trump, pelo mercado internacional e pelos seus páreas subservientes do campo dos poderosos e rentistas brasileiros.

O capetão é a cara e a alma desse mercado da guerra, das discriminações, da destruição de direitos, dos assassinos mais violentos e perigosos, da depredação do ambiente e da traição à pátria.

Não é por acaso que, para a tirania fascistóide e psicopata,  os nordestinos são alvo de brutal discriminação. Como o senhor muito bem afirma em sua conta no twitter, nosso povo do Nordeste é a segunda maior população do País.

Mas, além disso, aquela região é celeiro histórico de resistências aos brutais escravocratas e ao capitalismo ladrão,  rasteiro,  injusto, desumano e impatriótico.

Ao chamá-los de paraibas o atual idiota ocupante indevidamente da cadeira de presidente vomita o ódio ideológico e visceral que a elite tem do povo que os sustenta, como classe dominada e explorada, contra quem sempre jogou as piores injustiças econômicas em forma de humilhação salarial e de condições  de subvida, ressaltando-se os preconceitos sofridos pelos trabalhadores de lá procedentes para produzir no sudeste e sul do Brasil.

As palavras que o senhor escreveu apontam para o centro do problema que é esse desgoverno diabólico. É verdadeira a sua indignação ao identificar  que Bolsonaro  foi preconceituoso com o povo nordestino ao chamá-lo de paraibas e ao dizer que um de seus governadores é o pior de todos.  Disse por preconceito e sem nenhuma base política, prostituindo o papel do presidente que ele, aliás, não é.

O senhor não somente se limita às palavras pronunciadas como “antipatrióticas”,   “incoerentes”, de “menosprezarem” a população   os nordestinos. Na verdade quem discursa palavras antipatrióticas e, antes do que diz, ele mesmo é antipatriótico.

E o que é Jair Bolsonaro senão antipatriótico, pior, usando a presidência da república para detonar a Pátria?

Na condição de pau de arrasto dos interesses internacionais o capetão aplica internamente a geopolítica de seu patrão perverso e louco, como ele. Já que o Nordeste resiste com garra ao golpe de Estado e aos subprodutos saídos da eleição roubada de 2018, com governadores e governadora mais comprometidos com as raízes do povo pobre na sua busca por justiça econômica e social, Bolsonaro  desabaladamente tenta empurrar aquela região para o mesmo alvo em que se tornaram  Venezuela,  Argentina,  Bolívia,  Nicarágua e Cuba, que não se submetem à receita neoliberal de teor fascista.

Talvez, general Luiz,  a incoerência a que o senhor se refere se trate do projeto que o Brasil seguia antes do golpe dado com a participação do grupo de milicianos, que desgoverna o país para os abismos do despencamento do PIB, da subserviência ao dólar, ao governo das corporações do império e destruição de toda a base produtiva e industrial, gerando miséria e pobreza, que o desumana e estúpido nega crescerem no Brasil.

Quanto ao menosprezo a que o senhor se refere ao criticar o mau caráter, a  quem justiça militar fechou os olhos, entregando ao Brasil um incendiário irresponsável e destruidor, é política típica do arrogante que odeia os pobres porque  usa o poder para abastecer a gangue de assaltantes de sua família e de seu grupo.

Ao retornar ao twitter o miliciano na presidência se referiu ao senhor como “único general” a contestá-lo.

Não creio na sua solidão, general Luiz Rocha Paiva. Certamente o senhor representa a muitos militares patriotas e nacionalistas nas três armas, seja na reserva e na ativa.

Nesse sentido os senhores devem se sentir muito mal com o cavalo de pau que o energúmeno tenta dar no transatlântico Brasil, sem se importar com o afogamento de milhões de marujos brasileiros.

Porém, general, sei que militares são práticos, que não são contemplativos a espera de soluções caídas do céu.

Proponho ao senhor e aos que representa a que nos juntemos para conversar, para articular e construir uma grande aliança de defesa nacional e de recolocação deste país no rumo que seja justo para o povo e para o mundo.

Assim como vai não é tolerável, general Luiz Rocha Paiva!

Não são toleráveis tantos crimes causados por criminosos a quem todos fecham os olhos covardemente!

Ousar lutar e ousar vencer são marcas do povo em marcha. Venceremos!

Abraços críticos e fraternos,

Dom Orvandil.

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