Já na madrugada desta quarta-feira, dois sinais foram dados de que a reforma da Previdência será aprovada: com 331 e 353 votos, respectivamente, o Centrão, a direita e a extrema-direita do Parlamento derrotaram requerimento da oposição e encerraram os debates.
O governo Bolsonaro precisa de 308 votos favoráveis.
O Planalto torrou R$ 40 milhões numa campanha publicitária voltada a convencer os mais pobres de que eles seriam “beneficiaidos” por uma reforma que transfere R$ 1 trilhão em benefícios deles para os mais ricos.
O milionário Ratinho, apresentador do SBT, pai do governador do Paraná, recebeu R$ 268 mil para fazer uma entrevista bajulatória com Bolsonaro, como se o mundo fosse acabar sem a reforma.
Outros formadores de opinião foram “comprados” com dinheiro público, como José Luiz Datena, que apresenta um programa policial popularesco na Band.
Com renda mensal média estimada em R$ 1,37 milhão – sem considerar o lucro das empresas próprias, outras propagandas e comissões –, os comunicadores milionários que a agência de propaganda Artplan contratou estão numa faixa salarial que é 50 vezes maior que a média da população 1% mais rica do país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou a respeito da campanha o Brasil de Fato.
Na mais recente pesquisa Datafolha, 47% dos brasileiros eram a favor e 44% contra a reforma, numa demonstração de que a campanha foi razoavelmente bem sucedida.
O Brasil tem hoje 13 milhões de desempregados, depois da “reforma trabalhista” que prometeu — mas não criou — os 6 milhões de empregos prometidos pelo então ministro Henrique Meirelles.
As promessas de que tudo vai mudar depois da reforma da Previdência repetem a fórmula de criar metas sem as quais a economia não vai se recuperar — e o massacre midiático em defesa das metas parece ter impacto na população.
Ao mesmo tempo, o governo Bolsonaro tira dinheiro dos mais pobres, demole o mercado interno e beneficia os mais ricos — os ruralistas terão mais R$ 88 bilhões em anistia de dívidas para apoiar a reforma da Previdência.
O próprio ministro da Saúde de Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, admitiu em entrevista ao site Jota que a liberação de emendas parlamentares foi acelerada para garantir votos.
A oferta inicial era de que cada parlamentar fiel a Bolsonaro receberia R$ 20 milhões em emendas para direcionar à sua base eleitoral (somando mais de R$ 3 bi).
Com esse dinheiro, o parlamentar atende a um ou outro pedido de seus eleitores, mas muitas vezes faz negócios com amigos de sua base eleitoral para embolsar pessoalmente um percentual.
De acordo com levantamento da assessoria do deputado Alessandro Molon, o empenho, ou seja, o registro efetivo de que aquele dinheiro das emendas está no cofre e será liberado, somou R$ 2,6 bilhões nos seis primeiros dias úteis de julho.
A líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann, disse que a liberação de emendas sempre aconteceu e faz parte do dia-a-dia da Casa.
Citando o Diário Oficial do dia 8, o deputado federal Ivan Valente (Psol-RJ) denunciou que uma emenda que tramitava no Congresso foi replicada várias vezes pelo Executivo já com empenho — garantia de que o dinheiro será liberado — de R$ 93 milhões, o que caracterizaria crime de responsabilidade.
O discurso de Valente apareceu brevemente para ilustrar uma discussão na GloboNews, mas convenientemente sem áudio.
Os barões da mídia foram essenciais para a aprovação da reforma, oferecendo visão completamente unilateral sobre a proposta. Repetiram o que já haviam feito na reforma trabalhista, que os beneficiou diretamente.
O Psol disse que vai recorrer ao STF. O partido calcula que a reforma vai custar R$ 444 milhões em compra de votos com dinheiro público.
“Alguns não querem largar a velha política”, reclamou Jair Bolsonaro ainda em março deste ano. Ele se elegeu prometendo acabar com o “toma-lá-dá-cá”.
Apesar da promessa, Bolsonaro tem ligação umbilical com a velha política, tendo exercido mandato de deputado federal por 27 anos, com a aprovação de apenas dois projetos.
Depois da Previdência, o próximo passo prometido pelo ministro Paulo Guedes é o de “enxugar” o Estado, no qual não apenas Jair Bolsonaro, mas os filhos dele mamaram e agora mamam com mandatos de senador, deputado federal e vereador.
Site: https://www.ceilandiaemalerta.com.br/
Site: http://jornaltaguacei.com.br/
Página noFacebook: https://www.facebook.com/CeilandiaEmAlerta/
Página noFacebook: https://www.facebook.com/jtaguacei/
Página pessoal: https://www.facebook.com/jeova.rodriguesneves.5
Página pessoal: htt ps://www.facebook.com/jeova.rodriguesneves
Twiter: https://twitter.com/JTaguacei
Instagram: https://www.instagram.com/jeovarodriguespt13p
https://www.youtube.com/channel/UCPu41zNOD5kPcExtbY8nIgg?view_as=subscriberookok.7..loonoo