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Gilmar Mendes deu uma traulitada exemplar nos cidadãos de bem que estão indignados com o fato de a cela de Lula tem vaso sanitário. Sim, fomos parar nisso.

“Onde estamos com a cabeça? Aonde foi a nossa sensibilidade? É um tipo de perversão que pessoas que foram alfabetizadas, tiveram três ou quatro alimentações durante toda a vida, se comportem dessa maneira, animalesca”, afirmou, segundo a Folha.

“Combater o crime, sim, punir, sim, mas com respeito à dignidade da pessoa humana. Isso [a insensibilidade] não pode ocorrer com um policial, mas muito menos com um juiz”.

Foi durante seu voto no julgamento de um habeas corpus pedido pela defesa de Cabral, do qual Gilmar foi o relator. Por maioria de 3 a 1, os ministros da Segunda Turma determinaram nesta terça que Cabral seja transferido imediatamente de volta para uma prisão no Rio.

Ao comentar o caso de Cabral, Gilmar fez duras críticas aos juízes federais que cuidam da Lava Jato na primeira instância, especialmente Marcelo Bretas, do Rio. O ministro citou reportagens da imprensa que mostraram que Bretas acumula o recebimento de seu auxílio-moradia com o da mulher, que também é juíza. Gilmar tem sido um crítico desse benefício aos juízes em geral.

“Juiz nenhum no mundo pode fazer esse tipo de coisa. O moralismo é o túmulo da moral mesmo”, afirmou Gilmar.

O ministro Dias Toffoli pediu a palavra para concordar com o colega de bancada. “O moralismo esconde coisas cruéis”, disse.

“Quem fala em direitos humanos e decreta prisão de quem tem 80, 90 anos, se existe céu e existe Deus, vai ter que ajustar as contas”, afirmou Gilmar. Sem ser muito específico, o ministro disse que, devido a suas posições firmes na corte, se ele tivesse vulnerabilidades, já teria sido atingido. (…)

Com informações de DCM