Dados do TSE mostram que nas outras legendas o espaço feminino é reduzido, mesmo elas representando 52% da população brasileira
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras é a sigla com mais mulheres integrando órgãos nacionais entre as dez legendas com as maiores bancadas da Câmara dos Deputados.
No PT, as mulheres representam 52 membros entre os 105 cadastrados na Executiva Nacional, ou seja, quase metade são mulheres (49,52%). Em um distante segundo lugar aparece o PL, com 35% de representatividade.
De acordo com dados do Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias (SGIP) do TSE, publicados pelo jornal Folha de S. Paulo neste sábado (8), as mulheres ocupam apenas 30% dos cargos nos órgãos nacionais permanentes nas outras legendas.
À exceção do PT, nos demais partidos, mesmo presentes nos órgãos nacionais, muitas vezes elas ficam fora de cargos de liderança. O PP (12%) e União Brasil (12%), são siglas com a menor participação de mulheres nos ambientes citados. Os partidos de esquerda são os que têm a maior quantidade de mulheres nos órgãos nacionais, com média de 35%. Na direita, ocupam apenas 27% e no centro, apenas 22%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população feminina representa 52% dos brasileiros. No entanto, mesmo assim, têm pouco espaço na política. Ocupam o ranking, além do PT (com 49,52% de representatividade na Executiva Nacional), o PL (35%), PDT e MDB (ambos com 33%), PSB e Republicanos (ambos com 32%), PSDB (29%), PSD (28%), União Brasil (13%) e PP (12%).
Os dados são referentes a todos os cargos, desde presidentes e presidentas, até vogais com menor poder de decisão e dizem respeito tanto a diretórios quanto a membros da Executiva Nacional.
No PT, Gleisi Hoffmann, que toma posse nesta segunda (10) como ministra do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a única mulher a ocupar o comando de um partido entre os dez maiores por anos.
Gleisi foi presidenta do PT por oito anos, desde julho de 2017. Ela atuou em momentos marcantes da vida política do país e da história nacional, conduzindo o Partido dos Trabalhadores ao longo da Lava Jato e da prisão sem provas do presidente Lula até sua libertação e a eleição para o seu terceiro mandato como presidente da República.
Com informações do PT Org
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