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‘Estamos fazendo a economia girar’, afirmou a presidente do PT

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou neste sábado (9) a importância de o Brasil ter alcançado a maior renda desde o Plano Real (1995). De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9% em 2023, a massa de rendimentos do trabalho teve um aumento real de 11,7%, superando a inflação.

“Estudo do IPEA confirma o aumento da renda do trabalho no primeiro ano do governo Lula. É o maior crescimento desde 1995, após o lançamento do real. É dinheiro na mão do trabalhador e das famílias que faz a economia do país girar e melhora a vida das pessoas. Foi pra isso que a gente fez o L”, escreveu a parlamentar na rede social X.

No site do Ipea, a instituição afirmou que, segundo o estudo com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), houve crescimento de 3,1% na renda habitual média do trabalho em 2023, frente a 2022. As estimativas mensalizadas mostram que o rendimento habitual médio real em dezembro de 2023 (R$ 3.100) foi 0,7% maior que o observado no mês anterior (R$ 3.078) e 3,9% superior ao valor de dezembro de 2022 (R$ 2.985). Em janeiro de 2024, a estimativa mensal avançou para R$ 3.118.

No segundo trimestre de 2023, a renda média ficou acima da observada no mesmo trimestre de 2019 pela primeira vez desde a pandemia (0,6%). Já no quarto trimestre de 2023, a renda média superou o mesmo trimestre de 2019 em 2,1%. O rendimento habitual refere-se à remuneração recebida por empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria, mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos, ou seja, sem parcelas que não tenham caráter contínuo.

Setores e tipo de vínculo trabalhista

No recorte por setor, no quarto trimestre de 2023, houve queda da renda no transporte (-1,7%) e na construção (-3,8%), em relação ao mesmo período de 2022. Já os trabalhadores da indústria (5,7%), do comércio (5,9%) e da administração pública (4,6%) obtiveram as maiores altas no último trimestre do ano passado. Outro ponto positivo foi a recuperação da renda na agricultura (0,9%), após uma forte queda de 4,6% no trimestre anterior.

Na análise por tipo de vínculo, excluindo os empregadores, os empregados do setor privado sem carteira foram aqueles que apresentaram um maior crescimento interanual da renda no quarto trimestre de 2023 (6,9%). Depois de alguns trimestres com forte elevação nos rendimentos, os trabalhadores autônomos obtiveram um aumento de 0,3% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Já os trabalhadores do setor público e os empregados com carteira assinada registraram altas de 3,9% e 2,1%, respectivamente.

Regiões e o recorde de gênero

Os maiores aumentos na renda em comparação ao quarto trimestre de 2022 foram registrados nas regiões Norte (4,1%) e Nordeste (4%), entre os trabalhadores de 40 a 59 anos (4,1%), com ensino médio completo (3,2%). Apenas os trabalhadores que têm no máximo o ensino fundamental completo apresentaram queda na renda. O crescimento foi menor para os que habitam no Sul e Centro-Oeste, os maiores de 60 anos, homens e chefes de família.

Os rendimentos habituais recebidos pelas mulheres registraram crescimento interanual maior que os dos homens ao longo de todos os trimestres de 2023 – revertendo o desempenho de anos anteriores. No quarto trimestre, o aumento entre as mulheres foi de 4,2%, contra 2,5% de alta na renda média habitual dos homens.

Com informações divulgadas pelo Ipea

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