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PF também acredita que um segundo estojo com joias masculinas, avaliado em cerca de R$ 400 mil, teria sido levado por Bolsonaro para o país norte-americano

www.brasil247.com - Joias e Jair Bolsonaro
Joias e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/TV Globo | REUTERS/Evelyn Hockstein)

Investigadores da Polícia Federal suspeitam que as seguidas tentativas de Jair Bolsonaro (PL) para liberar as joias sauditas, avaliadas em R$ 16,5 milhões, dadas ao casal Bolsonaro e que foram retidas pela Receita Federal, tinham como objetivo final a inclusão dos objetos ao acervo pessoal do ex-capitão, e não lançá-los como patrimônio da União, como determina a legislação. 

“Para investigadores, isso ficou claro com a tentativa final de liberação dos itens ocorrida no dia 29 de dezembro de 2022, a um dia de Bolsonaro embarcar para os Estados Unidos. O governo elaborou uma operação derradeira para resgatar as joias apreendidas, registrá-las como acervo pessoal – o que chegou a ser feito e, depois, desfeito – para que o presidente pudesse receber os presentes no dia anterior a seu embarque”, destaca o jornalista Valdo Cruz, no G1. 

Ainda conforme a reportagem, a PF também suspeita que um segundo estojo com joias masculinas, avaliado em cerca de R$ 400 mil, teria sido levado por Bolsonaro para os Estados Unidos. Bolsonaro viajou para os EUA dois dias antes do término do mandato e não há previsão de quando ele deverá regressar ao Brasil. 

Aliados de Bolsonaro avaliam que o escândalo das joias sauditas vem causando um grande estrago no capital político do ex-mandatário e integrantes do PL, temem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabe por considerá-lo inelegível

Na quinta-feira (9), o senador Omar Aziz (PSD-AM), eleito presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado, anunciou que abrirá uma investigação para apurar a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o Mubadala Capital, um fundo dos Emirados Árabes Unidos. 

As suspeitas são de que os “presentes” da dinastia arábe ao casal Jair e MIchelle Bolsonaro tenham sido uma espécie de contrapartida por alguma vantagem fora dos padrões de mercado em negócios celebrados entre o governo brasileiro e a Arábia Saudita. Se as suspeitas forem confirmadas, os negócios, incluindo a venda da RLAM, poderão ser anulados.

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