Em entrevista ao jornalista Ricardo Galhardo, o presidenciável Guilherme Boulos, do Psol, decidiu polarizar com o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), em razão de suas posições extremistas. “Ele não deve ser tratado como concorrente, mas como criminoso. Ela faz apologia ao estupro, defende tortura em meio ao Congresso Nacional, faz falas racistas. Se o Código Penal fosse levado a sério, Bolsonaro estaria preso e não candidato a presidente. Enfrentar o Bolsonaro não é uma questão eleitoral, é questão de princípio”, disse ele.
Boulos também descart uma união das esquerdas no primeiro turno. “Isso não está colocado. A esquerda tem unidades e pontos de diferença. Ela tem unidade na democracia, o que implica o direito de o Lula ser candidato, contra as reformas do Temer e deve expressar isso, mas também tem diferenças de projeto, de análise, de balanço do País e de onde queremos chegar”, afirmou.
Segundo ele, sua diferença em relação ao ex-presidente Lula é discordância sobre a política de conciliação. “Não há mais margem de manobra para ganha-ganha no Brasil. Para avançar nos direitos sociais é preciso enfrentar os privilégios. Não é uma questão de excluir alguém, mas de tomar lado. O 1% que sempre mandou no Brasil, essa turma vive num capitalismo da casa grande, num mundo de fantasia. O lema deles é privatizar lucros e socializar prejuízos.”