É muito grave a notícia divulgada hoje (10/02) de que o governo Bolsonaro está espionando as atividades da Igreja Católica por meio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Abin.
O alto grau de intolerância e autoritarismo deste governo se revela na forma como o general Augusto Heleno, chefe do GSI, admite a espionagem e ataca politicamente a Igreja, por debater em alto nível a realidade da Amazônia.
Diversas denominações religiosas – não somente a católica – têm se posicionado em relação às grandes questões da atualidade, entre as quais a preservação da Amazônia e à vida dos povos que habitam a floresta.
O Sínodo da Amazônia é uma grande oportunidade de trazer esses temas à evidência. É um espaço qualificado de informação, debate e mobilização. Tratá-lo como ameaça à soberania ou à segurança nacional é sintoma de ignorância e preconceito.
A ordem de “neutralizar isso aí”, como se referiu o general ao Sínodo da Amazônia, remete o Brasil de volta aos tempos da repressão aos que lutaram pela liberdade e pelos direitos do povo.
Atitudes como essa do governo Bolsonaro, além de ferir nossa democracia, estão destruindo a imagem do Brasil ao redor do mundo.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
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