De acordo com a publicação, Carvalho negou que a Igreja seja “um braço do PT”. Ele lembra que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) jamais emitiu uma nota oficial em defesa dos governos do PT e que organismos ligados à Igreja como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) tiveram postura crítica aos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de lembrar o episódio envolvendo o bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, que fez greve de fome contra a transposição do rio São Francisco na gestão Lula. “Majoritariamente a Igreja Católica nunca teve ligação com o PT. De jeito nenhum. Sempre foram minoritários os setores da Igreja que tiveram uma ligação mais forte com o PT. Há uma área ligada às comunidades de base que tem pontos de convergência com o partido. Tem gente que foi despertada para a militância a partir de Igreja, mas parceria nunca houve”, disse Carvalho.
“Também nunca houve um documento da CNBB que tenha elogiado os governos do PT. O que houve foram conflitos como a questão do dom Cappio. O CIMI o tempo todo teve uma postura crítica contra o governo Lula. O mesmo CIMI que está criticando o governo Bolsonaro agora”. Segundo ele, o governo tenta criar uma cortina de fumaça para os problemas ocorridos desde a posse de Bolsonaro. “Este anúncio de monitoramento obedece a uma tática canhestra de o tempo todo encontrar inimigos, de forma conspirativa. até para encobrir os problemas que eles têm neste tempo de governo”, afirmou o petista, completa o Estadão.