O objetivo é intensificar as ações de proteção aos yanomami e combater o garimpo ilegal na região
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão para implementar ações estruturantes em 2024 na Terra Indígena Yanomami. O anúncio ocorreu durante um encontro com ministros e representantes do governo, realizado nesta terça-feira, 9 de janeiro, para avaliar as ações realizadas em 2023 e discutir novas políticas públicas de assistência aos indígenas. O presidente destacou a necessidade de tratar a questão indígena e dos yanomami como uma “questão de Estado” e ressaltou o comprometimento em utilizar todos os recursos da máquina pública para enfrentar desafios como garimpo ilegal e invasões.
O governo planeja criar uma casa de Governo permanente para gerenciar presencialmente as medidas implementadas, com a participação de órgãos como Funai, Ministério dos Povos Indígenas, Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal, Abin, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Ministério dos Direitos Humanos e Ministério da Educação, entre outros. O objetivo é intensificar as ações de proteção aos yanomami e combater o garimpo ilegal na região, com presença permanente das Forças Armadas e da Polícia Federal.
Além das medidas de segurança, o governo pretende abordar questões humanitárias, como a condição de vida dos venezuelanos que entraram por Roraima, e buscar alternativas econômicas para viabilizar emprego e renda na região. A distribuição de alimentos estocados pelas Forças Armadas continuará nos meses de janeiro, fevereiro e março, seguida por um novo contrato a partir de abril. O Ministério da Saúde está em processo de licitação para a construção de uma nova Casa de Saúde Indígena (Casai).
No que diz respeito às ações realizadas em 2023, destacam-se a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-6 Yanomami) para enfrentar a situação sanitária e nutricional grave, o controle do espaço aéreo da Terra Indígena Yanomami para combater voos clandestinos, operações da Polícia Federal, Ibama e Forças Armadas, além de embargos, autos de infração e apreensões relacionadas ao combate ao garimpo ilegal e crimes ambientais.
Com informações do Brasil 247
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