O vice-presidente disse que os atos de janeiro de 2023 tinham claro teor golpista e que punição deve ser para civis e militares
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). disse que os atos de 8 de janeiro de 2023 tinham um claro “movimento golpista”, mas que a democracia venceu e se fortaleceu. De acordo com Alckmin, as Forças Armadas foram contaminadas pela política durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“As Forças Armadas jamais poderiam ter permitido [manifestantes] chegarem perto [dos quartéis]. Houve no governo passado uma visão equivocada, desvirtuada, induzida pela política, mas que também foi rapidamente rechaçada” disse o ministro em entrevista à Folha de S. Paulo, divulgada nesta quarta-feira (10/1).
“É um atentado à democracia, uma coisa gravíssima. Não é só a depredação de patrimônio público, destruição de prédios, de móveis, é muito mais do que isso. É você atentar contra a Constituição brasileira. O patriota é quem defende a Constituição, a lei, a democracia, o resultado da eleição. Quem fez isso é golpista, é crime” aponta o vice.
Alckmin ainda disse que a punição aos invasores e financiadores deve acontecer independente da pessoa ser civil ou militar. “Pode ser civil, pode ser militar, servidor público, privado, não importa.”
“É um capítulo que ainda nem começou. A devida punição é importante porque o processo é grave. Você percebe que muitas pessoas que participaram, um pouco por desconhecimento, foram, às vezes, usadas. Esse é um processo investigatório que precisa ser feito”, acrescentou Alckmin.
No dia 8 de janeiro de 2023 o vice-presidente contou que estava em uma missa quando começaram as invasões. “No final, recebi um bilhete do segurança dizendo: olha, parece que houve uma invasão em Brasília. Como eu estava no meio da missa e também achei que era um pouco de exagero do segurança, fiquei até o final. Na hora que saí, aí sim percebi a gravidade da situação e voltei para Brasília.”
Alckmin também citou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua relação com os atos golpistas. “Eu não tenho dúvida de que ele não tem nenhum apreço pela democracia. Isso é nítido e claríssimo. Aliás, eu até disse, quando eu disputei em 2018: não sei como quem não acredita na democracia disputa eleição. É uma contradição. Não é possível. Quando eu ganho, vale. Quando eu perco, derruba a eleição.”
“É interessante, porque o [ex-] presidente [Jair] Bolsonaro foi eleito pela urna eletrônica. Um filho foi eleito vereador com a urna eletrônica. O outro filho foi eleito deputado federal com a urna eletrônica. O outro filho foi eleito senador com a urna eletrônica. É inacreditável”, pontuou.
Com informações do Correio Braziliense
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