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Carvalho, no entanto, discordou da possibilidade de fechamento da Jovem Pan: “as pessoas devem ser punidas, veículos de comunicação não, não podem ser fechados”

www.brasil247.com - Joaquim de Carvalho, Tutinha e Alexandre Garcia
Joaquim de Carvalho, Tutinha e Alexandre Garcia (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Divulgação/Jovem Pan | Reprodução)

 O jornalista Joaquim de Carvalho, em participação na TV 247 nesta terça-feira (10), defendeu a prisão do empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, agora ex-presidente do grupo Jovem Pan, e a punição de outros nomes da emissora que “estimularam” os atos golpistas e terroristas cometidos em Brasília no domingo (8). 

Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil contra a Jovem Pan nesta segunda-feira (9) para apurar a conduta da emissora no sentido de disseminar “conteúdos desinformativos a respeito do funcionamento das instituições brasileiras e com potencial para incitar atos antidemocráticos”. Há a possibilidade de cassação da concessão da emissora.Playvolume

Além da prisão de Tutinha, Carvalho defendeu a punição de outros nomes da Jovem Pan, mas discordou da possibilidade de fechamento do veículo. “O que disse o Alexandre Garcia é absolutamente criminoso, o que outros dizem lá [na Jovem Pan] é criminoso. Agora, eu entendo que a cassação é algo muito mais grave e isso não deve haver, porque pode criar uma escola, uma jurisprudência, e pode afetar qualquer veículo de comunicação quando se alegue que determinado conteúdo não está seguindo os padrões constitucionais. Você tem é que punir as pessoas. O Tutinha tem que ser punido como diretor. Ele saiu, mas não basta. Eu até defendi a prisão dele, porque o que ele fez, o que ele permitiu estimulou tudo que aconteceu lá em Brasília”.

“Então o Alexandre Garcia tem que ser punido, outros que têm voz lá, o Paulo Figueiredo precisa ser punido. Aliás, todos vão ser investigados nesse grande inquérito do Ministério Público Federal sobre a Jovem Pan. Eles precisam ser investigados e punidos”, disse.

Sobre Alexandre Garcia, o MPF diz: “na cobertura dos atos de vandalismo ocorridos em Brasília neste domingo, por exemplo, comentaristas da Jovem Pan minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. O comentarista Alexandre Garcia, contratado da emissora, chegou a fazer uma leitura distorcida da Constituição para atribuir legitimidade às ações de destruição diante do que ele acredita ser um contexto de inação das instituições. ‘É o poder do povo’, disse, em alusão ao artigo 1º da Lei Maior. ‘Nos últimos dois meses as pessoas ficaram paradas esperando por uma tutela das Forças Armadas. A tutela não veio. Então resolveram tomar a iniciativa'”.

Joaquim de Carvalho reafirmou que “fechar um veículo de comunicação é muito, muito grave”. “Você deve mudar as pessoas, deve punir, e à medida que você vai punindo, o veículo pode mudar. A Jovem Pan mesmo afastou algumas pessoas. Então essa é a minha posição, não é passar pano, mas é defender que veículos de comunicação continuem existindo. As pessoas devem ser punidas, veículos de comunicação não, não podem ser fechados. Acho isso muito grave”.