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O delator Milton Pascowitch disse à Polícia Federal que não existe conta secreta que tenha sido controlada por ele em Madrid, na Espanha, muito menos que tenha favorecido o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente Lula. O depoimento vai de encontro à tentativa da Lava Jato de criar um novo inquérito contra os petistas, com ajuda do ex-executivo da Engevix, Gerson Almada.

A Lava Jato denunciou Almada, Dirceu, João Vaccari e outros empresários ao juiz Sergio Moro por suposto esquema de propina envolvendo a Petrobras. Almada não quis esperar Moro colocá-lo no banco dos réus: decidiu procurar a força-tarefa e fazer uma delação onde citou Lula e Dirceu. Um dos procuradores do caso é Roberson Pozzobon, o mesmo do caso Tacla Duran e do PowerPoint do triplex (autor de frase parecida com “não temos provas, mas temos convicção”).

À PF, Pascowitch disse que é “manifestamente inverídica” a declaração de Almada sobre conta em Madrid para Dirceu e Lula.

Ele ainda disse que soube de esquema que acabou em pagamento ao PT por meio de João Vaccari, num total de 14 milhões de reais. Mas voltou a reiterar que “os recursos eram destinados ao PT e em nenhum momento falou-se em pagamento a Lula ou José Dirceu.”

Pozzobon e outros procuradores da Lava Jato pediram a Moro um inquérito especial para apurar as declarações de Gerson Almada.

O Estadão diz, nesta quarta (10), que Almada entregou documentos que comprovam suas falas. Mas não publicou nada nem especificou o tipo de prova que seria.

Jornal GGN –