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Presidente destacou que o País produz muito mais energia limpa do que o restante do mundo

247 – Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expôs nesta sexta-feira, 8 de novembro, sua visão sobre temas centrais da agenda global e brasileira. A conversa, gravada na quinta-feira, foi marcada por declarações firmes sobre o potencial do Brasil na área climática, o compromisso com a preservação ambiental, o combate à fome e a paz internacional. A Agência Gov, via Planalto, forneceu as informações.

A relação entre o Brasil e os Estados Unidos, com a eleição de Donald Trump, foi um dos primeiros tópicos abordados por Amanpour. Lula respondeu: “Eu terei com o presidente Trump uma relação de respeito como chefe do Estado brasileiro. E espero que ele tenha uma relação de respeito com o Brasil como chefe do Estado americano”, reforçando a importância de uma parceria civilizada entre os dois países.

Compromisso climático e potencial energético

O presidente destacou o papel de liderança que o Brasil pode exercer na pauta climática. “Quando se trata de discutir a questão climática, a questão energética, o Brasil tem condição de ser imbatível no mundo. O Brasil tem 90% da sua energia energética limpa. E da matriz geral, temos 50% de energia limpa, enquanto o mundo tem apenas 15%”, afirmou Lula, sublinhando o compromisso do país em eliminar o desmatamento na Amazônia até 2030.

Lula também chamou a atenção para a responsabilidade das nações ricas no apoio à preservação ambiental: “É importante que as pessoas que já desmataram nos seus países, que se industrializaram há 200 anos, assumam o compromisso de pagar pela preservação da floresta”.

Paz e redistribuição de recursos globais

Outro ponto forte da entrevista foi a defesa de um mundo mais pacífico e equitativo. Lula criticou o investimento de trilhões de dólares em armamentos e conflitos enquanto milhões de pessoas ainda passam fome. “O que nós precisamos é aprender a cuidar do povo mais pobre para que ele deixe de ser pobre e a gente consiga criar uma economia de consumo nos países pobres”, declarou.

O presidente destacou ainda a importância do G20 como palco para a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e mencionou outros temas relevantes, como a reforma da ONU e a taxação de super-ricos.

Conflito Rússia-Ucrânia e papel do Brasil

Lula reiterou o posicionamento brasileiro de neutralidade e busca por paz no conflito entre Rússia e Ucrânia. “O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e a gente não quer ter contencioso”, disse. Ele destacou a recusa em fornecer armas para o conflito, com a justificativa: “Eu não quero ninguém nem na Rússia, nem na Ucrânia morto com arma brasileira”.

Reforma da ONU e novos desafios globais

Para Lula, a reforma da ONU é crucial para que a instituição reflita a realidade contemporânea e seja mais representativa. “Não pode ficar só com a estrutura de 1945. É importante que a África e a América Latina participem”, argumentou, reforçando a necessidade de uma governança mundial forte e eficaz.

Com uma abordagem abrangente, Lula reafirmou o papel do Brasil como líder em questões climáticas e sociais, destacando a importância de fortalecer alianças e promover um diálogo global que privilegie a paz e a sustentabilidade. A entrevista se mostrou uma oportunidade para ressaltar os compromissos do Brasil e seu papel em um cenário internacional desafiador.

Com informações do Brasil 247

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