Irã atribui acusação a Israel, como parte de plano para minar as relações com Washington
Reuters – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou, na última sexta-feira (8), um homem iraniano em conexão com um suposto plano, alegadamente ordenado pela Guarda Revolucionária do Irã, para assassinar o presidente eleito Donald Trump.
De acordo com o Departamento de Justiça, Farhad Shakeri, de 51 anos, comunicou às autoridades que havia sido incumbido, em 7 de outubro de 2024, de elaborar um plano para matar Trump. Contudo, Shakeri afirmou que não tinha a intenção de formular tal plano dentro do prazo estabelecido pela Guarda Revolucionária.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, em declaração divulgada pela mídia iraniana no sábado, classificou a acusação como uma “trama repulsiva” planejada por Israel e por opositores iranianos fora do país, com o objetivo de “complicar as relações entre os EUA e o Irã”.
Shakeri, descrito pelo Departamento de Justiça como um ativo da Guarda Revolucionária residente em Teerã, imigrou para os EUA quando criança, mas foi deportado em 2008 após ser condenado por roubo. Atualmente, ele permanece foragido e é considerado estar em território iraniano.
Dois nova-iorquinos, identificados como Carlisle Rivera e Jonathan Loadholt, que conheceram Shakeri enquanto estavam na prisão, também foram acusados de auxiliar no planejamento do assassinato de um cidadão norte-americano de origem iraniana em Nova York. A vítima, cujo nome não foi revelado, é descrita como uma crítica aberta ao governo iraniano e já havia sido alvo de tentativas anteriores de assassinato.
Embora os promotores não tenham identificado o alvo, a descrição corresponde à jornalista e ativista Masih Alinejad, conhecida por criticar as leis de vestimenta para mulheres no Irã. Em 2021, quatro iranianos foram indiciados por um plano para sequestrá-la, e, em 2022, um homem armado foi preso perto de sua casa.
Rivera e Loadholt foram detidos e aguardam julgamento. Até o momento, os advogados dos acusados não responderam aos pedidos de comentários.
Com informações do Brasil 247
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