Em nota encaminhada à imprensa, defesa de ex-delegado-geral, investigado em dois inquéritos policiais por supostas ameaças cometidas contra a ex-esposa e a ex-namorada, decidiu que irá se aposentar da corporação
Robson Cândido pediu exoneração do cargo, alegando problemas pessoais – (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) aceitou o pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e deferiu medidas protetivas de urgência em favor da mulher que mantinha um relacionamento com o ex-delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido.
O processo corre em sigilo, mas a reportagem do Correio apurou que o ex-chefe não poderá se aproximar da mulher e nem comparecer no local de trabalho dela, além de não poder manter contato com ela pelas redes sociais. A vítima registrou boletim de ocorrência contra Cândido na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) na última semana, em conjunto com a esposa do delegado — apesar disso, a esposa de Robson retirou a denúncia dias depois, mas não explicou o motivo.
Alegando motivos pessoais, Cândido pediu para deixar o cargo na segunda-feira (2/10), após ficar quatro anos e nove meses na função. A defesa do delegado, em nota enviada à imprensa, informou que o ex-delegado-chefe requereu aposentadoria. “O ex-delegado-geral da Polícia Civil do DF vem a público, em respeito à sociedade, à imprensa e, sobretudo, à instituição que integrou e defendeu por 32 anos, depois de chegar ao topo da carreira, convicto de que cumpriu sua missão, dizer que tomou a decisão de pedir aposentadoria”, escreveu o advogado Cleber Lopes.
Quando se desligou da função, Cândido chegou a ser lotado no Conselho Superior da Polícia Civil. Mas, por ter pedido aposentadoria, o ex-chefe não terá mais o assento. O cargo é um direito automático em razão do cargo ocupado, mas não possui caráter e função comissionada.
O ex-delegado-geral é alvo de dois inquéritos policiais, além de um procedimento administrativo disciplinar. O Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), do MPDFT, pediu à Corregedoria da PCDF o encaminhamento de informações sobre eventuais procedimentos que estão sendo realizados no caso — o Ncap apura, também, as circunstâncias relacionadas à exoneração de Cândido.
O caso
Tudo teria começado quando o ex-delegado-geral ainda estava no comando da corporação. A jovem que diz ter tido um relacionamento com o delegado e, por indicação dele, conseguiu um cargo comissionado no Metrô-DF, com salário bruto de R$ 13,2 mil. O Correio teve acesso a vídeos em que a vítima supostamente se sentiu ameaçada.
No entanto, o relacionamento chegou ao fim. O delegado não aceitou e a mulher, então, passou a evitá-lo, o bloqueou nas redes sociais e no telefone celular. Ele, então, teria começado a segui-la usando uma viatura descaracterizada da PCDF.
A confusão maior ocorreu no final de semana retrasado, quando a esposa de Robson Cândido soube da suposta perseguição e decidiu se unir à ex-namorada do marido para denunciá-lo às autoridades. Elas teriam sido incentivadas por adversários políticos do ex-delegado-chefe na PCDF.
Com informações do Correio Braziliense
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