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O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de extrema-direita, Sergio Moro, vive momento de isolamento político e está desgastado por conflitos com integrantes dos três Poderes da República. Há indícios de que o ministro poderá ser fritado em público

Sergio Moro está isolado e pode ser descartado. O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de extrema-direita, Sergio Moro, encontra-se politicamente isolado e em conflito com os três Poderes da República. Há indícios de que o ministro poderá ser fritado em público.   PUBLICIDADE

O isolamento do ex-juiz da Operação Lava Jato é fruto da sua desastrada atuação. Alvo de uma ofensiva de integrantes desses poderes, Moro está se tornando inútil em Brasília e pode até mesmo ser demitido.

O desgaste de Moro começou a intensificar-se desde que a divulgação de mensagens trocadas por ele e integrantes da Lava Jato evidenciou que como juiz de primeiro grau cometeu arbitrariedades e ilegalidades, viciando os processos, sobretudo aquele em condenou o ex-presidente Lula.

O projeto “anticrime” que é a sua menina dos olhos, vai sendo desidratado. Na terça-feira (6), o Legislativo impôs derrota ao ministro ao retirar do texto o chamado “plea bargain”, um tipo de solução negociada entre o Ministério Público, o acusado de um crime e o juiz).

Novas mudanças serão feitas no projeto no âmbito do Legislativo, contrárias ao interesse de Moro.

As informações são das jornalistas Talita Fernandes e Thais Arbex, da  Folha de S.Paulo.

A reportagem destaca ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) tomou duas decisões que estão sendo contabilizadas como contrárias a Moro: a preservação do conteúdo de mensagens de autoridades interceptadas por hackers, e a rejeição da transferência do ex-presidente Lula de Curitiba para São Paulo, que foi arquitetada pelo ministro da Justiça.

Moro está incompatibilizado com boa parte dos integrantes da Suprema Corte, que rechaçam as violações das leis que ele tem praticado.

No Poder Executivo – assinala o jornal – Bolsonaro autorizou a demissão do aliado de Moro no Coaf, tem exposto o ministro ao ridículo em público e explicitou que não é prioridade do seu governo a aprovação do projeto anticrime.

criticou Moro em público, ao afirmar que como juiz, ele estava acostumado a ter a caneta na mão, mas que no papel de ministro suas decisões não podem ser unilaterais.   “O ministro Moro é da Justiça, mas ele não tem poder de… não julga mais ninguém. Então, temos que, entendo a angústia dele, em querer que o projeto dele vá para a frente, mas nós temos que combater, diminuir o desemprego, fazer o Brasil andar, abrir o nosso comércio”, disse Bolsonaro, ressaltando que a proposta de Moro não pode atrapalhar a aprovação de projetos-chave do governo, como as reformas previdenciária e tributária.

Fontes do Palácio do Planalto informam que a relação entre Moro e Bolsonaro está abalada. Eles tiveram uma conversa ríspida durante um encontro esta semana, diz a Folha.

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