Tenente-coronel obteve o conteúdo de uma investigação da PF sobre supostas fraudes nas eleições de 2018 e repassou a Jair, que expôs informações em entrevista à Jovem Pan em 2021
Mauro Cid foi responsável por repassar inquérito sigiloso sobre fraudes nas urnas a Bolsonaro · Ouvir artigo
Em depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação que tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível, o deputado federal olavista Filipe Barros (PSL-PR) revelou que encaminhou o inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas nas eleições de 2018 ao tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a fim de que ele pudesse repassar as informações da investigação ao ex-presidente.
“Eu encaminhei para o coronel Cid para que o presidente pudesse ler”, disse Barros. O deputado, no entanto, alegou que não tinha a intenção de que Bolsonaro expusesse o inquérito ao público, o que acabou acontecendo.
O ex-ocupante do Planalto expôs a investigação da PF em uma entrevista à Jovem Pan em 2021, após Cid ter repassado o conteúdo a ele. Na entrevista, Bolsonaro atacava o sistema eleitoral brasileiro e tentou usar o inquérito como evidência de que havia algo errado com as urnas.
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