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O líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, deputado Enio Verri (PT-PR) e o líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) destacaram nesta quarta-feira (8), a unidade das seis centrais sindicais CUT, CSB, UGT, CTB, NCST e Força Sindical em torno de uma agenda única para tirar o Brasil da crise em que se encontra desde antes do surgimento da pandemia da Covid-19.

As centrais sindicais realizaram na manhã desta quarta-feira, um ato simbólico em frente ao Ministério da Economia e, na sequência, liderada pelo presidente da CUT, Sérgio Nobre, entregaram um documento elaborado pelo Fórum das Centrais Sindicais, ao ministro Paulo Guedes.

“Nós entregamos um documento com a proposta para tirar nosso País da crise. Nós não podemos permitir que o governo genocida de Bolsonaro implemente aquilo que Paulo Guedes vem falando em fazer, ou seja, um forte ajuste fiscal na nossa economia, ou seja, arrochar ainda mais a vida do trabalhador, tirar recursos de circulação e, pior ainda, querer vender a preço de banana nossas empresas estatais”, alertou o presidente da CUT.

No documento, as centrais apontam a renda básica permanente, programa de saneamento e habitação, plano de segurança alimentar, fortalecimento da agricultura família, acesso a crédito para pequenas e microempresas, entre outros pontos como medidas a serem adotadas pelo governo.

“A saída que Paulo Guedes e os liberais apresentam é uma saída que envolve retirar direitos, destruir o Estado brasileiro, privatizar as estatais e favorecer os grandes bancos. Por isso, é fundamental esse evento onde as centrais sindicais, reunindo com Paulo Guedes, mostrem qual a saída do ponto de vista dos trabalhadores para essa crise”, afirmou Enio Verri.

“Uma saída que garante a manutenção dos R$ 600 do auxílio emergencial por um período ainda maior, não como uma renda emergencial, mas como uma renda cidadã”, continuou Verri.

O líder da bancada petista lembrou que a manutenção de direitos é fundamental, que é necessário salário justo, intervenção do Estado favorecendo a manutenção dos direitos e salários dos trabalhadores, dando assim, condições para que a economia volte a crescer.

“Esse não é um sonho. O presidente Lula já fez isso, outros países do mundo estão fazendo isso e basta apenas disposição política de Paulo Guedes e Bolsonaro em tomar essa inciativa. Por não acreditar que Paulo Guedes e Bolsonaro tenham a iniciativa de defender os interesses da população brasileira, é que entendemos que estão corretas as centrais sindicais de reivindicar, pressionar e mobilizar”, reconheceu Enio Verri.

Mas para ele, para o Brasil ser feliz de fato, o mais correto “seria o conjunto da população pedir o impeachment de Bolsonaro e seu governo”.

Sobrevivência

Ao se pronunciar, o deputado Carlos Zarattini disse que é muito oportuno que as centrais sindicais se manifestem e exijam condições de sobrevivência tanto do ponto de vista da saúde quanto à sobrevivência econômica e social. “O governo tem resistido em manter os instrumentos que garantem o emprego, a renda da população. Agora mesmo ele prorrogou por dois meses o auxílio emergencial, sendo que a pandemia – tudo indica – vai no mínimo até o fim do ano. Aliás, o decreto que estabelece a situação de emergência tem validade até o dia 31 dezembro. Portanto, é necessário que o auxílio emergencial seja garantido até o fim do ano”, defendeu.

Na opinião de Zarattini, o governo tem que adotar medidas de estímulos à economia e garantir crédito para micro e pequenas empresas que não conseguem acessar os créditos nos bancos. O petista alertou ainda para o fato de os bancos negarem sistematicamente os créditos às empresas. De acordo com o deputado, apesar de o governo ter liberado mais de R$ 1 trilhão aos bancos, os mesmos se negam a financiar as pequenas, as micro e as médias empresas.

“Então, o governo não pode permanecer com esse posicionamento e muito menos dizer que vai retomar a agenda das reformas. Nós já sabemos qual é agenda das reformas: privatização, entrega do patrimônio nacional, retirada de direitos dos trabalhadores. É isso que eles querem, e nós não devemos e não podemos aceitar isso”, explicou Zarattini.

Benildes Rodrigues

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