Presidente da Câmara afirma que não vai ficar levando ‘pancada’ da base do governo e ‘achando bom’; Paulo Guedes também descarta ser articulador da proposta
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 8, que não fará mais articulação política no Congresso pela aprovação da reforma da Previdência e que não vai ser “mulher de malandro, de ficar apanhando e achando bom”, afirmou. A declaração foi dada no evento E Agora Brasil?, promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.
“O presidente da Câmara coordena 512 deputados, todos iguais. Eu recebo na residência da Câmara 50, 60 deputados. É diferente ser presidente da Câmara e presidente da República no sistema presidencialista. Só não vou ficar no meio dessa briga levando pancada da base do presidente. Não vou ser mulher de malandro, de ficar apanhando e achando bom, disse Maia, segundo o jornal O Globo.
Ele afirmou que se resignou ao seu papel institucional na tramitação do projeto e que estará pronto para pautar a medida quando for a hora. “Agora, se o governo vai ganhar, você pergunta para o Onyx”, afirmou, em referência ao ministro-chefe da Casa Civil e articulador político do governo.
Maia afirmou que os ataques que sofreu no mês passado davam a entender que ele queria se favorecer de alguma forma dessa articulação, e por isso decidiu se afastar. “Agora, estou mais fechado, porque me colocaram no meu papel [institucional]“, disse. “Não falo mais de prazo, nem de voto. Aliás, falar disso atrapalha o governo”, afirmou.
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