Ministra fez intervenção durante o voto do ministro Gilmar Mendes, quando ele falava sobre grampos no escritório da defesa de Lula, mostrando em parte seu posicionamento sobre o caso
A ministra Cármen Lúcia demonstrou sua perplexidade sobre a gravidade das ilegalidades da Operação Lava Jato na perseguição ao ex-presidente Lula durante o voto do ministro Gilmar Mendes pela suspeição de Sergio Moro nesta terça-feira (9).
Durante julgamento da Segunda Turma, em voto longo e histórico, em que leu diversos trechos de diálogos dos procuradores da força-tarefa e de Moro, revelando as ilegalidades, Gilmar destacou o grampo ilegal dos investigadores no escritório da defesa de Lula.
Nesse momento, Cármen Lúcia, que ainda não votou no processo, expressou-se: “gravíssima”. Em outra ocasião, quando Gilmar pediu desculpas pelo tamanho do voto que proferia, Cármen novamente se manifestou, como quem dizia que não havia problema algum.
Não é certo que o voto de Cármen seja pela suspeição de Moro, mas há indícios fortes de que ela tenha mudado seu posicionamento e essas intervenções é um deles. Outro é o voto junto com o relator pelo não adiamento do julgamento da suspeição, deixando o placar em 4 a 1 contra a manobra de Edson Fachin.
Ministra Cármen Lúcia durante sessão extraordinária. (12/03/2020) (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
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