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Grupo está na capital para Jornada Nacional de Lutas. Ministério diz que ‘não aceitará esse tipo de conduta’.

Por Nicole Angel* e Marília Marques, G1 DF

09/03/2020 09h36  Atualizado há 46 minutos


Mulheres do Movimento Sem Terra ocuparam térreo do Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Comunicação MST/Divulgação
Mulheres do Movimento Sem Terra ocuparam térreo do Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Comunicação MST/Divulgação

Mulheres do Movimento Sem Terra ocuparam térreo do Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Comunicação MST/Divulgação

Mulheres do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Ministério da Agricultura, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (9), em um protesto contra a liberação de novos registros de agrotóxicos.

Usando bonés e com os rostos cobertos, as manifestantes bloquearam a entrada do prédio, por volta das 8h30, e jogaram tinta vermelha no chão. Durante o ato, as manifestantes também deixaram um caixão coberto pela bandeira do Brasil (veja foto abaixo) na porta do ministério. Ao lado foram deixadas pás e frascos vazios do que representariam embalagens de agrotóxicos.

Em nota divulgada no fim da tarde, o Ministério da Agricultura disse que o grupo não apresentou documento nem pediu reunião com representantes do governo. A pasta afirmou ainda que “não aceitará esse tipo de conduta e não permitirá que sejam impostos prejuízos ao patrimônio público” (veja íntegra abaixo).

Mulheres jogam tinta vermelho e deixam caixão na porta do Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Nicole Angel/G1
Mulheres jogam tinta vermelho e deixam caixão na porta do Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Nicole Angel/G1

Mulheres jogam tinta vermelho e deixam caixão na porta do Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Nicole Angel/G1

O protesto faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra, realizado desde domingo (8) no Distrito Federal. Segundo as organizadoras, o ato é contra a suposta distribuição de títulos individuais de lotes de terra para os assentados da reforma agrária, além do que chamaram de “liberação desenfreada de agrotóxicos pelo governo Bolsonaro” (entenda mais abaixo).

“Nós sempre defendemos o Contrato de Concessão de Uso (CCU), porque restringe a mercantilização das terras conquistadas, e terra para nós é um bem comum da natureza, e portanto, não pode ser mercadoria”, explicou Maria da Silva Trindade, do MST.

Mulheres Sem Terra ocupam Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Divulgação
Mulheres Sem Terra ocupam Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Divulgação

Mulheres Sem Terra ocupam Ministério da Agricultura, em Brasília — Foto: Divulgação

Mulheres Sem Terra ocupam Ministério da Agricultura durante marcha em Brasília — Foto: Nicole Angel/G1
Mulheres Sem Terra ocupam Ministério da Agricultura durante marcha em Brasília — Foto: Nicole Angel/G1

Mulheres Sem Terra ocupam Ministério da Agricultura durante marcha em Brasília — Foto: Nicole Angel/G1

Mulheres marcham em ato contra liberação de registros de agrotóxicos no país — Foto: NIcole Angel/G1
Mulheres marcham em ato contra liberação de registros de agrotóxicos no país — Foto: NIcole Angel/G1

Mulheres marcham em ato contra liberação de registros de agrotóxicos no país — Foto: NIcole Angel/G1

Trânsito

Por volta das 9h30, duas das seis faixas da via S1, na Esplanada dos Ministérios, foram ocupadas pelo protesto.

Motoristas que vinham da Asa Norte em direção ao Eixo Monumental tiveram que desviar pela pista de baixo já que a via de ligação ficou bloqueada pela Polícia Militar. As pistas foram liberadas por volta das 10h.

Registro de agrotóxicos

número de agrotóxicos registrados no ano passado foi o maior da série histórica que teve início em 2005. Números do Ministério da Agricultura apontam que foram aprovadas 474 substâncias.

De acordo com a pasta, desse total, 26 são pesticidas inéditos (5,4%) e 448 são genéricos (94,5%), ou seja, são “cópias” de princípios ativos inéditos — que podem ser feitas quando caem as patentes — ou produtos finais baseados em ingredientes já existentes no mercado.

Registro de agrotóxico bate novo recorde em 2019, considerando série histórica — Foto: Juliane Souza/G1
Registro de agrotóxico bate novo recorde em 2019, considerando série histórica — Foto: Juliane Souza/G1

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