O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto neste domingo na Bahia, é suspeito de ter atuado com seu amigo Fabrício Queiroz para impedir a investigação das “rachadinhas” praticadas com salários dos funcionários do gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador.
Adriano e Queiroz serviram juntos no 18o. Batalhão da Polícia Militar do Rio.
Adriano empregou a muher Danielle e a mãe Raimunda no gabinete de Flávio Bolsonaro.
Danielle foi empregada em 6 de setembro de 2007 e demitida apenas em 13 de novembro de 2018.
Raimunda conseguiu dois empregos: primeiro, na liderança do PP, partido ao qual Flávio era então filiado; depois, passou a trabalhar no gabinete do deputado estadual — quando o filho de Bolsonaro transferiu-se para o PSC.
Danielle e Raimunda receberam na Alerj um total de R$ 1.029.042,48, do qual repassaram R$ 203.002,57 a Fabrício Queiroz, de acordo com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.
Outros R$ 202.184, 64 foram sacados em dinheiro.
Adriano foi homenageado pela primeira vez pelo clã Bolsonaro em 2003 e novamente em 2005, quando estava preso acusado de homicídio.
Jair Bolsonaro, então deputado federal, compareceu ao julgamento de Adriano em 2005 e fez um discurso na Câmara Federal atacando a condenação do policial militar — mais tarde revertida (trecho abaixo).
Adriano foi alvo de operação policial em 2011 e afastado oficialmente da Polícia Militar em 2014, por envolvimento com o crime organizado.
Ainda assim, sua esposa Danielle manteve o cargo e a mãe Raimunda foi contratada por Flávio Bolsonaro.
O senador atribui as contratações a seu chefe de gabinete, Fabrício Queiroz.
De acordo com o MP, mesmo foragido Adriano atuou conjuntamente com Fabrício para impedir as investigações da rachadinha.
“Boa noite! O amigo pediu para vc não ir em lugar nenhum e tbm não assinar nada”, escreveu Adriano em mensagem a Danielle no dia 15 de janeiro de 2019.
O “amigo”, segundo o MP, seria Queiroz.
Danielle respondeu: “Olá! Acabei de sair do advogado indicado. Assinei na semana passada o ofício que recebi”.
O GAECC (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) interpretou as mensagens como uma ordem para que Danielle faltasse a um depoimento, atrasando as investigações.
No dia 16 de janeiro, Queiroz perguntou a Danielle se ela já tinha sido chamada a depor.
“Eu já fui orientada. Ontem fui encontrar os amigos”, ela respondeu.
Para o MP, os “amigos” fazem parte da milícia da Zona Oeste do Rio, chefiada por Adriano, que estava pagando pela defesa de Danielle.
A promotoria sustenta que Adriano e Queiroz atuavam paralelamente para impedir o andamento da apuração do caso. Queiroz nega. Adriano, morto na Bahia, não tem mais como depor.
VIOMUNDO
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