O presidente Lula afirmou que trava uma “guerra” contra o garimpo ilegal e prometeu utilizar toda a máquina pública para expulsar invasores de terras indígenas. Ele avalia que a operação de desintrusão na Terra Indígena Yanomami (RR) deve ser tratada como uma questão de Estado.
“A gente vai decidir tratar a questão de Roraima, indígena, dos yanomami, como questão de Estado. Vamos ter que fazer esforço ainda maior, utilizar todo poder que a máquina pública pode ter”, disse o petista, que tem promovido uma operação contra garimpo ilegal na região desde o início do ano passado.
“Não é possível que a gente possa perder uma guerra para o garimpo ilegal, que a gente possa perder uma guerra pra pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, prosseguiu Lula. A declaração ocorreu em durante reunião ministerial para discutir a invasão de garimpeiros na região.
O petista iniciou a operação de desintrusão na Terra Indígena Yanomami após viajar para a região e decretar emergência sanitária. O Ministério da Saúde identificou quadros graves de desnutrição entre os yanomamis, causados principalmente por contaminação por mercúrio, um elemento utilizado no garimpo que polui rios e contamina animais e humanos.
Desde então, a Polícia Federal, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a Funai e as Forças Armadas atuam na região para expulsar os invasores. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, atualmente presidente da Corte, já havia determinado a retirada dos criminosos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas a ordem não foi cumprida por ele.
A reunião ministerial deste terça (9) foi fechada, mas o discurso do presidente foi divulgado pela Secretaria de Comunicação (Secom). Além do presidente e de seu vice, Geraldo Alckmin, participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), José Mucio (Defesa), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Nísia Trindade (Saúde), Esther Dweck (Gestão), Marina Silva (Meio Ambiente), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Márcio Macedo (Secretaria-Geral), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secom) e Jorge Messias (Advogado-Geral da União).
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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