Flávio Bolsonaro, ex-chefe do assessor que precisa responder à justiça, nem sequer respondeu ao convite do MP para depor
Os familiares de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro citado em relatório do Coaf por movimentações suspeitas de R$ 1,2 milhões, e que também depositou R$ 24 mil na conta da esposa de Jair Bolsonaro, faltaram ao depoimento agendado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para esta terça (8).
No dia em que seus familiares não compareceram ao MP-RJ, Queiroz recebeu alta do hospital Albert Einsten, conforme publicou o site Poder 360. Ele mesmo deixou de comparecer duas vezes à depoimentos, nos dias 19 e 21 de dezembro, afirmando que teve problemas de saúde e divulgou ter sido internado no dia 30.
É curioso que, apesar de não prestar esclarecimentos à Justiça, Queiroz tem conversado com diversos meios de comunicação. No dia 26 de dezembro deu entrevista para o SBT, na qual não respondeu a nenhum dos questionamentos sobre as movimentações financeiras suspeitas. Nesta terça ele ainda deu entrevista ao Estadão, reclamando que foi tratado como “se fosse o pior bandido do mundo”.
Flávio Bolsonaro tão pouco respondeu ao convite feito pelo MP-RJ para prestar depoimento, que está previsto para a próxima quinta-feira (10).
Com o não comparecimento de Queiroz e seus familiares, o MP-RJ já estuda a quebra do sigilo bancário. Em nota, o órgão informa que “a prova documental encaminhada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao MPRJ tem informações que permitem o prosseguimento das investigações, com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos bancário e fiscal”.
Entenda a operação
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O relatório do Coaf foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação Furna da Onça, que apura um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e prendeu dez deputados estaduais, no dia 8 de novembro.
Além de trabalhar no gabinete de Flávio, Queiroz é amigo pessoal de Jair Bolsonaro. Em 2013, postou em seu perfil no Instagram uma foto com o militar, pescando.
Da Redação da Agência PT de notícias
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