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Líderes do PT vão ao TSE contra Huck por abuso de poder econômico na Globo

Os líderes do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Lindbergh Farias (RJ), entraram nesta segunda-feira (8) com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra as Organizações Globo de Televisão, contra o pré-candidato à Presidência da República e apresentador de TV Luciano Huck e contra o apresentador da emissora Fausto Silva por abuso dos meios de comunicação e de poder econômico, em favor de Luciano Huck.

Na representação, os líderes Paulo Pimenta e Lindbergh requerem à Corregedoria-Geral Eleitoral que seja declarada a caracterização de abuso do poder econômico e dos meios de comunicação, com a aplicação das penalidades cabíveis, inclusive a inelegibilidade do apresentador Luciano Huck ou a cassação do registro da respectiva candidatura, se for o caso.

O programa “Domingão do Faustão”, exibido para todo o Brasil no último domingo (7), teve como convidados em um dos quadros o casal de apresentadores Angélica e Luciano Huck.

Durante vários minutos em que o casal foi entrevistado e respondeu, em cadeia nacional, perguntas do apresentador Fausto Silva, da plateia e de populares nas ruas, o que se viu foi a demonização da atual política, dos políticos, dos pré-candidatos ao cargo presidencial, e de forma subliminar, a exaltação da pré-candidatura de Luciano Huck, como sendo algo de novo capaz de mudar a realidade vigente e trazer a “felicidade” esperada pelo sofrido povo brasileiro.

“Embora sem assumir ainda a candidatura de seu funcionário, a Globo, o apresentador Fausto Silva e o pré-candidato Luciano Huck, durante vários minutos, em rede nacional, discorreram acerca da necessidade dos brasileiros darem espaço para uma candidatura nova (a dele Luciano Huck), diferente de tudo e de todos que aí se encontra, capaz de agregar novos valores à política e à vida nacional, de modo que somente através de candidaturas por ele representada o País e as futuras gerações poderiam vislumbrar um futuro melhor”, enfatizam os líderes na representação.

Paulo Pimenta e Lindbergh alertam ainda na ação que “as organizações Globo, de modo objetivo e direto passou a promover, desde logo, a pré-candidatura de seu funcionário Luciano Huck, utilizando-se de uma estrutura midiática que nenhum outro pré-candidato terá acesso, causando interferência antecipada na lisura e na igualdade da disputa presidencial que se avizinha”.

“Trata-se de conduta desproporcional, que visa à pavimentação de uma candidatura que já nasce turbinada pelo poderio econômico e que, através da utilização indevida dos meios de comunicação, objetiva conquistar a simpatia e o apoio político do eleitorado”, reforçam os líderes do PT na Câmara e no Senado.

Segundo a legislação, as emissoras de televisão devem se manter isentas durante o pleito eleitoral e pré-eleitoral, tendo em vista serem prestadoras de serviço público em regime de concessão ou permissão.

“Ou dão espaço para todas as pré-candidaturas em igualdade de condições ou se mantenham distante da disputa pré-eleitoral e eleitoral, sob pena de comprometimento, como ocorre na espécie, da isonomia de que deve nortear as candidaturas”, destacam os líderes na ação.

E acrescentam que “é exatamente por esse motivo que a legislação eleitoral é muito mais restritiva em relação a esses meios de comunicação (rádio e televisão), que se sujeitam a um controle muito superior àquele exercido sobre a imprensa escrita.

PS do Viomundo: Hoje, em O Globo, o colunista que fala em nome dos donos, Merval Pereira, comparou Huck à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, sobre a qual agora se especula que vá disputar cargo eletivo.

Mas, haveria uma diferença, segundo Merval: nos Estados Unidos, Oprah seria resultado do desgaste de Donald Trump; no Brasil, existiria um “clamor popular” pelo novo.

O que ele não admite é que este “clamor” foi forjado pela própria Globo.

Curiosamente, à versão online do artigo de Merval foi acrescentada uma frase que não aparece no jornal impresso: “Mas lá, o Partido Republicano não está pensando em processar a Oprah, ou o Seth Myers ou a NBC”. Uma forma de rebater o PT.

Merval sonega a informação de que o poder da NBC nos Estados Unidos é relativamente muito menor que o da Globo no Brasil. Além disso, ao que se saiba Oprah nunca fez proselitismo em defesa de sua candidatura na NBC, ao contrário, quando se especulou no passado ela sempre disse que nunca concorrerá a um cargo público.

PS do Viomundo 2: Caso a entrevista de Huck não tenha sido fortuita, o episódio se parece com a véspera do lançamento de um produto, quando ele é colocado na vitrine para apreciação de um grande público. Logo depois começam as pesquisas de opinião secretas, com o objetivo de avaliar a aceitação.