A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, declarou neste sábado, 7, que a bancada do partido buscará uma conversa com o governo federal para expressar suas preocupações em relação às mudanças propostas no pacote fiscal, especialmente no que tange ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).
As declarações foram feitas após uma reunião fechada do diretório nacional do PT, em Brasília, onde a cúpula da legenda votou uma nova resolução política.
Durante a coletiva, Hoffmann foi questionada sobre a possível reunião da bancada para discutir o pacote fiscal, e confirmou que o partido fará uma análise detalhada das medidas. “Sim, vai votar, o projeto vai ter que votar. Então, nós vamos ter reunião esta semana para discutir as medidas, para ver todas as medidas”, afirmou.
Quando questionada sobre uma possível busca por diálogo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a presidente do PT ressaltou que a legenda está aberta a apresentar suas propostas e preocupações ao governo. “Nós vamos avaliar e queremos conversar com o governo, se a gente tiver propostas, né? Vamos procurar o governo para colocar as nossas propostas ou preocupações”, disse.
Em relação à aprovação do pacote fiscal ainda neste ano, Gleisi Hoffmann disse que o processo depende da articulação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e não se mostrou totalmente otimista, mas destacou a “boa vontade” dos parlamentares em avançar nas discussões.
A declaração de Hoffmann reflete a preocupação do PT em relação às mudanças no BPC, um benefício essencial para pessoas com deficiência e idosos de baixa renda. O partido pretende garantir que as modificações propostas no pacote fiscal não prejudiquem os direitos dos beneficiários.
O PT, por meio de sua bancada, seguirá monitorando as negociações no Congresso e avaliando o impacto das reformas fiscais propostas pelo governo. O diálogo com o governo federal será uma etapa crucial para a definição do rumo dessas mudanças.
Este desenvolvimento ocorre em meio a intensos debates sobre o pacote fiscal no Congresso Nacional, com diferentes partidos e lideranças buscando influenciar o conteúdo final da proposta, especialmente em relação aos impactos sociais dos ajustes fiscais.
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