Segundo a Polícia Federal, as mensagens e áudios que sugerem a participação do ministro, indicado pelo centrão, no esquema foram trocadas entre 2017 e 2020
Ministro das Comunicações, Juscelino Filho (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
– Mensagens e áudios encontrados pela Polícia Federal (PF) no telefone celular de um empresário investigado por corrupção apontam o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), indicando nomes e contas de terceiros para que pagamentos fossem efetuados. As mensagens que sugerem a participação de Juscelino – que foi indicado pelo União Brasil para compor o governo em um processo de montagem da Esplanada que buscava garantir apoio ao Planalto no Congresso – foram trocadas entre 2017 e 2020, destaca o jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com as informações divulgadas pela Folha, as mensagens embasam uma investigação que coloca o político como integrante de uma organização criminosa em parceria com Eduardo DP, apontado como sócio oculto da Construservice.
Juscelino e sua irmã, a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, estão sob investigação na operação Odoacro, que apura desvios em contratos financiados por emendas parlamentares destinadas pela Companhia e Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), estatal federal vinculada ao centrão.
As mensagens, datadas de 2017 a 2020, indicam supostos direcionamentos de recursos, nomes de beneficiários além de contas e empresas que deveriam receber os depósitos indicados por Juscelino Filho.
“Ao analisar as mensagens e esses áudios, a PF abriu uma nova linha de investigação, da suspeita de que Juscelino Filho seja sócio oculto de uma empresa que supostamente faz terraplanagem. A polícia coloca em um relatório enviado ao STF duas hipóteses: a empresa seria de fachada e aberta apenas para receber propina (a palavra terraplanagem seria um código) ou o ministro se beneficia de dinheiro público realizando serviços”, ressalta o periódico.
Em resposta, a defesa do ministro nega qualquer irregularidade nas obras vinculadas às emendas parlamentares, classificando as acusações como uma “ilação absurda”.
Com informações do Brasil 247
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