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Quando finalmente Lula foi liberado em Curitiba, o que se viu foi um misto de celebração carnavalesca e alegria contagiante, comparável a uma vitória em final de Copa do Mundo

Festival Lula LivreFestival Lula Livre (Foto: Ricardo Stuckert)

No dia 8 de novembro de 2023, o Brasil relembra os quatro anos desde a emblemática libertação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após sua prisão injusta na sede da Polícia Federal em Curitiba. A data representa um marco – o fim de um obscuro capítulo na história política recente do país. Em 2019, após 580 dias de prisão, fruto de perseguição política, Lula foi solto, gerando ondas de celebração e críticas ferozes ao modus operandi da Operação Lava Jato.

Naquela sexta-feira, Curitiba transformou-se no epicentro da resistência e da esperança para militantes e apoiadores do PT, que mantiveram a Vigília Lula Livre por mais de um ano. Lideranças nacionais e movimentos sociais convergiram para a capital paranaense, atendendo ao chamado do partido, aguardando o momento em que a justiça seria restabelecida com a libertação de Lula.

A decisão do Supremo Tribunal Federal, que um dia antes havia rejeitado a prisão em segunda instância, pavimentou o caminho para a solicitação imediata de soltura feita pelos advogados de Lula à juíza Carolina Lebbos. Enquanto a militância se aglomerava em frente à PF, havia uma preocupação latente com possíveis manobras dilatórias que poderiam postergar o veredicto.

Quando finalmente Lula foi liberado, o que se viu foi um misto de celebração carnavalesca e alegria contagiante, comparável a uma vitória em final de Copa do Mundo. A alegria se espalhou desde o acampamento até São Bernardo do Campo, onde Lula fez seu pronunciamento à nação.

Lula, que governou o Brasil de 2003 a 2011 e viu sua sucessora, Dilma Rousseff, deposta por um golpe, enfrentou o que foi descrito pelo ministro do STF Dias Toffoli como “um dos maiores erros judiciários da história do país”. A Operação Lava Jato agiu com métodos abusivos, misturando política com justiça, resultando em condenações sem provas.

A campanha eleitoral subsequente, na qual Lula enfrentou Jair Bolsonaro, foi testemunha de uma disputa acirrada, marcada pelo uso indevido da máquina pública, segundo observadores. No entanto, o resultado final viu Lula sair vitorioso, com uma margem estreita de votos, reafirmando sua força política histórica. 

O próprio Papa Francisco reconheceu Lula como vítima de perseguição política, assim como afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff foi injusto, ecoando a voz de muitos que viam na situação um ataque coordenado contra lideranças de esquerda e um projeto de país forte e inclusivo. 

Hoje, quatro anos depois daquela tarde de novembro, a libertação de Lula é lembrada não só como um dia de júbilo para seus apoiadores, mas também como um símbolo da luta pela justiça e um alerta contínuo sobre os excessos judiciais que marcam a democracia brasileira.

Com informações do Brasil 247

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