O 7 de Setembro não trouxe ruptura, mas deixou claro que o presidente continuará dobrando a aposta na depredação institucional para se manter na cadeira. Ao discursar em dois dos eventos que convocou para a data, ele escalou mais um degrau, declarando abertamente que não pretende respeitar decisões do Supremo (no momento, as do ministro Alexandre de Moraes) e do Congresso (que já enterrou o voto impresso, ressuscitado por Bolsonaro na pregação desta terça).
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O 7 de Setembro não trouxe ruptura, mas deixou claro que o presidente continuará dobrando a aposta na depredação institucional para se manter na cadeira. Ao discursar em dois dos eventos que convocou para a data, ele escalou mais um degrau, declarando abertamente que não pretende respeitar decisões do Supremo (no momento, as do ministro Alexandre de Moraes) e do Congresso (que já enterrou o voto impresso, ressuscitado por Bolsonaro na pregação desta terça). “Uma reação para tentar sair do cerco”, resume Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da Rádio CBN. Ela se refere tanto à ausência de respostas do governo para as crises econômica e social quanto ao avanço de investigações que vão das fake news às rachadinhas da família presidencial, passando pelas suspeitas de corrupção na compra de vacinas. “Bolsonaro pode estar fraco para se reeleger”, mas tem ainda um dispositivo para “dar cara de povo a seu golpismo”, diz a jornalista, que esteve no ato da avenida Paulista. Na conversa com Renata Lo Prete, Maria Cristina prevê que os ataques a Moraes acabem por “unir ainda mais” os ministros do Supremo. Quanto ao Congresso, embora a palavra impeachment tenha voltado a ser pronunciada, tudo continua a depender do grande ausente neste 7 de Setembro: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Arthur Stabile, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Giovanni Reginato. Apresentação: Renata Lo Prete.
— Foto: Comunicação/Globo
O que são podcasts?
Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça.
Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia…
Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
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