O presidente também exaltou os povos indígenas, as mulheres e os defensores da causa ambiental pelo trabalho incansável na defesa do meio ambiente
Em discurso na Colômbia, Lula apresenta visão para a economia sustentável da Amazônia · Ouvir artigo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva proferiu um discurso neste sábado (8) abordando sua visão para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, passando pela relevância da região como eixo da integração regional. A fala ocorreu durante a Reunião Técnico-Científica da Amazônia, realizada em Letícia, na Colômbia.
Segundo Lula, a reunião teve como foco a discussão sobre a proteção dos povos indígenas, a promoção da inovação, a economia e o combate aos crimes transnacionais. Lula ressaltou que os países amazônicos enfrentam dois grandes desafios: um desafio institucional, relacionado ao fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e um desafio político, que exige uma nova visão de desenvolvimento sustentável para a região.
O Tratado de Cooperação Amazônica, que completou 45 anos, foi uma iniciativa para proteger a região das pressões de atores externos. Ao longo dos anos, evoluiu para a criação da OTCA, que reúne oito países e se destaca como a única organização socioambiental do mundo. Lula destacou a importância dessa organização para enfrentar o desafio mais urgente da atualidade: as mudanças climáticas, e pediu maior atenção e investimento na OTCA.
O presidente propôs o uso de recursos de bancos de desenvolvimento, bem como recursos públicos e privados, para fomentar a agricultura familiar, a pesca artesanal, os projetos agroflorestais e a rede de empreendedorismo feminino. Além disso, Lula mencionou que a Cúpula de Belém será uma plataforma para que os países amazônicos busquem protagonismo na busca por soluções.
Lula também enfatizou que o desmatamento na Amazônia teve uma redução de 33,6% no primeiro trimestre de 2023 e reafirmou seu compromisso de zerar o desmatamento até 2030. Ele pediu que os países amazônicos assumam esse compromisso durante a COP de Belém, em 2025.
No que diz respeito ao combate à criminalidade, Lula anunciou a criação de um centro de cooperação policial internacional em Manaus. Ele exaltou os povos indígenas, as mulheres e os defensores da causa ambiental pelo trabalho incansável na defesa do meio ambiente e criticou o histórico de violência enfrentado por eles.
Lula também criticou a falta de representatividade nos mecanismos internacionais de financiamento, como o Fundo Global para o Meio Ambiente, que foi criado no Banco Mundial. Segundo ele, essas instituições reproduzem a lógica excludente das instituições de Bretton Woods, que historicamente têm beneficiado os interesses das nações mais desenvolvidas em detrimento dos países em desenvolvimento. Lula enfatizou a importância de promover uma maior participação e influência dos países amazônicos e de outras nações em desenvolvimento na definição das políticas e no acesso aos recursos financeiros destinados à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável.
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