Em meio ao vazamento de suas conversas nada republicanas com o procurador Deltan Dallagnol, o ex-juiz e o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, vai entrar em licença do cargo a partir de segunda-feira (15).
Nos últimos dias, o ministro foi alvo de mais dois vazamentos que demonstraram um então juiz imparcial e atuando ao lado da acusação, o que fere frontalmente a ética da magistratura e o Código de Processo Penal (CPP).
Juristas, integrantes do STF e políticos avaliaram as conversas, ditas como autênticas pela revista Veja, como algo muito grave e que podem anular as decisões dele no âmbito da Lava Jato.
Numa situação tensa e prestes a ser convocado novamente a dar esclarecimento no Congresso, Bolsonaro concedeu a ele licença de 15 a 19 deste mês para “tratar de assuntos particulares”. O ato foi publicado nesta segunda-feira (8/7) no Diário Oficial da União.
Como ainda não tem direito a férias, Moro vai tirar uma licença não remunerada, conforme a Lei 8.112, dos servidores públicos federais.
Em nota, o Ministério da Justiça diz que o secretário executivo Luiz Pontel responderá interinamente pela pasta no período.