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O senador Jorge Seif (PL-SC) e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O boletim de ocorrência sobre a prisão de traficante em Itajaí (SC) contradiz a versão da Polícia Civil sobre o envolvimento da empresa JS Pescados, do senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), com a apreensão da última sexta (3). Na ocasião, o criminoso foi preso com cerca de 1,9kg de haxixe e foram encontrados 47kg da droga no mesmo prédio da sede da companhia.

Segundo o B.O. do caso, obtido pelo site SC Em Pauta, o traficante, identificado como Anderson Henrique da Cunha, “entrou na JS Pescados e foi abordado no momento em que saía com a motoneta transportando uma sacola de papel. Que no momento da abordagem foi constatado que na sacola havia 2 embalagens plásticas contendo em seu interior 10 porções de haxixe, pesando aproximadamente 1900 gramas”.

Após a repercussão do caso, a Polícia Civil divulgou uma nota negando qualquer relação da empresa de Seif com a ocorrência. “Até o momento, a investigação não encontrou qualquer vinculação da empresa àquelas drogas”, diz a corporação.

O documento, no entanto, ainda diz que a carga de 47kg de haxixe foi encontrada no galpão de onde o criminoso “havia saído”. “Foi indagado se haveria mais drogas no galpão de onde Anderson havia saído, sendo confirmado pelo mesmo, todavia não sabia precisar a quantidade, pois haviam mandado ele pegar esses aproximados 2 kilos e entregar para um moto boy” (sic), diz o B.O.

Boletim de ocorrência sobre a apreensão de 47kg de haxixe. Foto: Reprodução

Após a apreensão, Seif alegou que as drogas estavam em um outro espaço que fica no mesmo galpão da JS Pescados. “Existe um complexo de empresas, com vários CNPJs, na Barra do Rio. Uma sala é nossa. Nossos barcos param ali para descarregar peixe”, afirmou à coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles.

O senador ainda diz que existem outras empresas no local, como uma fábrica de gelo, uma oficina mecânica e um posto náutico. Ele ainda alegou que o suspeito de tráfico não trabalha para sua empresa.

“Não é funcionário nosso, não trabalha no nossos barcos, o galpão dele, ele pagava aluguel. O problema é que falam: ‘Onde foi?’. ‘Lá na JS Pescados’. A sala, na qual o cara foi abordado, era de um outro inquilino que nada tem a ver conosco”, prosseguiu.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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