Ex-ministro da Justiça elogiou o trabalho do TSE e disse que as ações contra Bolsonaro não deixam muita margem para ele se safar da inelegibilidade.
O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão concedeu uma entrevista à TV 247 em que defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declare a inelegibilidade de Jair Bolsonaro com base na campanha anti-democrática conduzida pelo ex-chefe de governo.
A Corte está avaliando se houve alguma irregularidade cometida por Bolsonaro durante uma reunião realizada em julho do ano passado com embaixadores no Palácio da Alvorada. Durante o encontro, Bolsonaro fez uma série de ataques sem provas às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro, o que resultou em uma ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PDT. O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do TSE, é o responsável pelo caso.
Aragão elogiou o trabalho de Gonçalves e dos outros juízes eleitorais e afirmou que as ações no Tribunal são bem instruídas. Segundo ele, a situação para Bolsonaro “é um prato cheio” para o TSE, já que ele “não tem muito para onde correr”.
“Há uma vontade política do Tribunal de realmente estabelecer um marco, de até onde candidatos podem ir. Esse marco, na verdade, não é de hoje. Já vem da ação do (deputado Felipe) Francischini, que foi o primeiro precedente de que fake news pode cassar mandato”, acrescentou.
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