Esgotaram-se os caminhos para obter das instituições um mínimo de compostura. Os setores mais poderosos e ruidosos da nação mancomunaram-se em uma farsa jurídico-midiática poucas vezes vista. Não dá para esperar ajuda externa. Quando vier, já teremos resolvido o problema. O caminho é um só: vencer a eleição de 2018 e libertar Lula.
A edição do Jornal Nacional da nova data histórica brasileira, 7 de abril, dia do sequestro de Lula, foi a maior farsa de todas as que a Globo produziu, assim como o discurso do ex-presidente, no mesmo dia, foi o mais contundente e inesquecível que ele já proferiu.
O telejornal omitiu todos os fatos inquestionáveis que jogam dúvidas sobre o processo que condenou Lula, como, por exemplo, as críticas de montes de especialistas em direito relatadas pela sucursal brasileira da British Broadcasting Corporation (Corporação Britânica de Radiodifusão, mais conhecida pela sigla BBC), emissora pública de rádio e televisão britânica, fundada em 1922.
Além disso, o JN omitiu a repercussão internacional crítica à prisão de Lula, noticiando só manchetes de grandes jornais estrangeiros, porém escondendo críticas que saíram nesses jornais à prisão, como a crítica àquela feita por um dos principais candidatos a presidente da França nas últimas eleições, Jean Luc Melenchon, do Partido Gauche.
Como se não bastasse, a Globo interrompeu a programação da noite de sábado para transmitir Lula desembarcando de helicóptero na sede da PF em Curitiba tendo, ao fundo, queima de fogos, como se fosse Reveillon. A Globo se posicionou para captar o espetáculo de modo a transmiti-lo em rede nacional. Sabia o que aconteceria…
Nesse momento da chegada de Lula ao cárcere, manifestantes contra e a favor dele estavam em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba quando a polícia começou a atirar bombas e balas de borracha contra apoiadores do ex-presidente para não atrapalhar as manifestações CONTRA ele.
Para completar, o site antipetista “Antagonista” conseguiu que a Justiça de Curitiba determinasse que só inimigos de Lula possam protestar contra ele naquela cidade; já os apoiadores do ex-presidente, foram proibidos de se manifestar na cidade inteira.
Não, não adianta mais perder tempo acreditando que as instituições brasileiras funcionarão. O ponto a que chegamos requer uma revolução. Porém, será uma revolução pacífica. Como não termos armas de fogo, usaremos o voto.
A prisão de Lula uniu a esquerda. No seu último discurso, exaltou a nova geração de políticos, Manuela D’Ávila, do PC do B, e Guilherme Boulos, do PSOL, entre outros. O arbítrio contra Lula uniu a esquerda. E o povo quer a volta da esquerda ao poder. Quer a volta da era Lula. E Lula dirá ao povo em quem votar. Não tenha dúvida. E o candidato dele receberá votação igual ou maior do que a que ele teria.
Essa é a nossa revolução. Eles a iniciaram em 7 de abril de 2018, nós a terminaremos. Venceremos a eleição presidencial, elegeremos grandes bancadas progressistas e libertaremos Lula. Só depende de cada um de nós. Eu estou pronto.
E você?