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Da Redação, com informações do Brasil de Fato, da CUT e das redes sociais

O juiz Ernani Mendes da Silva Filho concedeu liminar à Polícia Federal interditando a presença de pessoas no entorno do prédio onde está preso o ex-presidente Lula.

Ele alegou que “o justo receio de turbação ou esbulho restou comprovado através dos noticiários, que registram a prática de confrontos em diversas localidades – em especial na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo –, com pessoas feridas e baleadas, assim como agressões à jornalistas e vandalismos em prédios públicos e particulares – à exemplo do ocorrido no imóvel de propriedade da Presidente do Supremo Tribunal Federal –, o que não se pode admitir no Estado Democrático de Direito”.

No caso de “pessoas baleadas”, não se sabe a quem o juiz se referia, se aos tiros à caravana do ex-presidente Lula no Paraná, embora naquele caso não tenha havido feridos. Também não ficou claro qual “noticiário” embasou a decisão do juiz.

De qualquer forma, a Polícia Federal disparou contra manifestantes pró-Lula quando as negociações para retirada dos manifestantes estavam em andamento.

Em seguida, a PM do Paraná, estado governado pelo tucano Beto Richa, atirou bombas de gás contra os militantes pró-Lula.

O ex-deputado federal Dr. Rosinha, que estava no local, testemunhou:

Nós estávamos lá dentro, negociando, e tomamos conhecimento do interditório. Nós concordamos com a ordem desde que a desocupação do espaço fosse simultânea, o nosso ato e o ato contra Lula também. Só nós assinamos, os outros, não. Aí os policiais federais começaram a atirar. Disseram que nós tínhamos forçado o portão de vidro, mas é mentira, eu estava lá.

Citado no site da CUT, o militante Athená Oliveira levantou a possibilidade de que um agente infiltrado tenha agido para provocar a repressão.

“Ele estava de calça jeans e camisa azul escura e provocou o ataque da polícia contra os militantes que estavam pacificamente em vigília na frente da Polícia Federal”, contou, dizendo que o homem empurrou um portão da PF como se pretendesse invadir o prédio.

As duas manifestações, pró e anti Lula, estavam separadas por barreiras.

Brasil de Fato fazia a transmissão do evento quando o ataque aconteceu (trecho principal abaixo).

Nas imagens dá para ouvir os rojões disparados por aqueles que celebravam o desembarque de Lula. A imagem também mostra que as explosões aconteceram não muito longe do helicóptero em rota de pouso.

Segundo o repórter Gibran Mendes, os manifestantes foram pegos de surpresa pela ofensiva da polícia (ver entrevista ao Brasil de Fato, abaixo).

Oito pessoas ficaram feridas, dentre as quais quatro crianças, segundo informações iniciais do Corpo de Bombeiros.

Um petista argumentou que, se havia motivo para reprimir, foi dado pelos manifestantes anti-Lula, que disparavam rojões que, em tese, poderiam derrubar o helicóptero.