Carlos Bolsonaro, filho e alter ego de Jair, detonou a Mangueira no Twitter.
A escola de samba campeã do carnaval com uma homenagem a Marielle, escreveu Carluxo, “tem o presidente preso, envolvimento com tráfico, bicheiros e milícias. Esse país está de cabeça pra baixo mesmo”.
Completamente de cabeça para baixo, é verdade.
No fim do ano passado, o puxador da Mangueira — o cidadão que fica à frente do carro de som — cantou o jingle da campanha de Flávio Bolsonaro ao senado pelo Rio.
A letra da música, bastante edificante, falava em “defesa da família” e “luta contra a corrupção”.
Ainda pedia voto para o pai JB.
“Eu voto 177, confirmo, meu sonho se realizou. É hora de mudar a história”, mandava ver Marquinho Art’Samba.
Chiquinho da Mangueira, o presidente preso em novembro, é acusado de fazer parte de um esquema de deputados estaduais que patrocinavam interesses de Sérgio Cabral.
Dançou na Operação Furna da Onça, da PF, aquela que teve como um dos pilares o relatório do Coaf que detectou as movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do irmão de Carluxo.
Em regime domiciliar, Chiquinho é do PSC, partido do atual governador do RJ, Wilson Witzel, bolsonarista raiz.
Partido do próprio Carluxo, também.
Carlos Bolsonaro não pode parar de tuitar.
Uma hora ele conta toda a verdade.
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