A população idosa do Brasil está enfrentando altas taxas de hospitalização por dengue, apesar de não estar incluída no grupo prioritário para receber a vacina contra a doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A ausência de estudos de eficácia em idosos levanta preocupações sobre a segurança da vacinação nessa faixa etária.
O geriatra Paulo Villas Boas, em entrevista à Agência Brasil, explicou que a vacina Qdenga não foi testada em pessoas com mais de 60 anos, conforme indicado na sua bula. No entanto, organismos reguladores europeus e argentinos autorizaram seu uso em todas as faixas etárias, o que abre espaço para discussões sobre sua liberação para idosos no futuro.
Embora não haja risco iminente para idosos que recebem a vacina com prescrição médica, Villas Boas destacou preocupações relacionadas à imunossenescência e ao uso de medicamentos que podem comprometer a imunidade. Efeitos colaterais como mal-estar e febre são possíveis, mas não há risco de contrair dengue.
Enquanto isso, a alta demanda pela vacina sobrecarrega os laboratórios, dificultando o acesso até mesmo para clínicas privadas. Villas Boas enfatizou a importância da prevenção da dengue em idosos através de medidas como eliminar criadouros de mosquitos e usar repelentes e roupas protetoras.
“A prevenção da dengue para a população idosa é idêntica à prevenção da população em geral. Não há nada específico. São aquelas orientações que a gente cansa de ouvir e de ver que as pessoas não fazem […] tudo o que possa evitar o indivíduo de ser picado contribui”, concluiu Paulo Villas Boas.
Com informações do site “Se a Rádio Não Toca”.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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