Ex-juiz suspeito, que ganhou milhões com a quebra do Brasil, alega sofrer perseguição judicial, quando é investigado por sonegação e conflito de interesses
O lawfare é uma expressão que define o uso do Poder Judiciário como arma de guerra e foi popularizada no Brasil pela defesa de Lula exatamente para definir o que Moro fez contra o ex-presidente e contra os seus alvos, como as grandes empresas brasileiras de engenharia. Moro, na verdade, está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União por conflito de interesses, ou seja, por ter quebrado empresas como juiz e depois ter ganho milhões de uma consultoria contratada pelas construtoras que ele próprio quebrou. Além disso, Moro também é investigado pela prática de sonegação fiscal – o que ele não nega completamente em sua defesa.
“Ocorre que a mera identificação de eventual sonegação fiscal por contribuinte é matéria que, data vênia, escapa à atuação desta Corte de Contas”, diz Moro, em sua defesa. A peça é assinada pelo advogado Gustavo Bonini Guedes, que já advogou para Michel Temer (MDB).
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