• Em 1953, um golpe militar apoiado pela CIA derrubou o governo democraticamente eleito no Irã, que havia nacionalizado o petróleo, e transformou em uma MONARQUIA autocrática pró-EUA. A ditadura durou até 1979, quando foi derrubada pela Revolução Islâmica que transformou o Irã em uma república islâmica teocrática.
• A partir de então, sucessivos governos norte-americanos tentaram derrubar o regime xiita e extinguir a influência iraniana na região. Os Estados Unidos NÃO ACEITAM NENHUM PAÍS do mundo que contrarie seus interesses. Essa estratégia levou os Estados Unidos a financiarem a guerra entre Irã e Iraque, iniciada em 1980 e que durou quase dez anos, causando a destruição dos dois países, COM MAIS DE UM MILHÃO DE MORTES (com mais de um milhão de mortes).
• Atualmente os EUA aplicam sanções que bloqueiam diversas negociações no Irã. O IRÃ É UMA POTÊNCIA REGIONAL, É O MAIOR PAÍS DO ORIENTE MÉDIO. Tem recursos naturais, tem indústria, é uma sociedade relativamente desenvolvida, tem força militar. É um país que naturalmente projeta influência. São aliados da Rússia e China, adversários geopolíticos dos EUA.
• O Irã é o décimo maior produtor de petróleo do planeta e controla o Estreito de Ormuz – que liga o Golfo Pérsico ao Oceano Índico –, onde cerca de 20% da produção mundial precisa passar pela região. Historicamente os EUA estão envolvidos em guerras ou articulações contra países produtores de petróleo, sob as narrativas mais risíveis e questionáveis, a exemplo da suposta “crise humanitária” na Venezuela, onde cerca de 3,1 milhões de pessoas estariam passando fome e em nome das pessoas miseráveis os EUA defendem uma intervenção militar com apoio de países como Brasil e Colômbia. Segundo relatório da ONU, a fome aguda afeta 113 milhões de pessoas no mundo. O relatório identificou 16 países com sérios problemas de alimentação, dos quais oito enfrentam crise ou emergências que afetam um quarto ou mais da população. O caso mais preocupante é o do Iêmen, onde 60% dos habitantes (17 milhões de pessoas) sofrem fome severa, seguido do Sudão do Sul, com 45% da população (4,8 milhões) em situação semelhante. Mas não se vê intervenção dos EUA nesses países para resolver a crise humanitária, já que se trata de humanos. Não-coincidentemente, são países sem recursos naturais, SEM PETRÓLEO e sem mercado consumidor relevante. Segundo o mesmo relatório, os EUA têm 8,1 milhões de pessoas sofrendo desnutrição, o Brasil 5,2 milhões.
• Em 2015, ainda durante a Presidência de Obama, foi firmado o acordo nuclear entre o Irã e potências mundiais, como Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha, após anos de difíceis negociações. O Irã se comprometeu a parar o seu programa nuclear em troca da SUSPENSÃO DE SANÇÕES. O acordo perdurou por quase três anos até que, em maio de 2018, o presidente DONALD TRUMP DECIDIU ROMPÊ-LO, apesar da oposição dos países europeus. Com isso, sanções voltaram a entrar em vigor contra o Irã e os efeitos delas são visíveis na economia do país do Oriente Médio. O Fundo Monetário Internacional calcula que a economia iraniana deve ter sofrido uma retração de 6% em 2019.
• Além do fator geopolítico e foco na retomada do Irã e sua influência na região, mais a desnacionalização do petróleo, Donald Trump vê na missão um fator estratégico eleitoral. Ele passa por um processo de impeachment, passará por uma eleição brevemente. Uma guerra poderia criar um sentimento nacionalista de autoproteção e beneficiá-lo. Tal como a “guerra ao terror”, que unificou o país, quando o governo de Bush afirmou que o Iraque, comandado por Saddam Hussein (ex-aliado dos EUA), detinha um grande arsenal de armas de destruição em massa e representava um perigo à população mundial. A “Guerra ao Terror” adotou ações unilaterais pelos EUA, já que não foi aprovada pelos demais países-membros do Conselho de Segurança da ONU. A recusa da invasão pelo Conselho não impediu que os EUA e a Grã-Bretanha invadissem o país árabe, afirmando que havia armas de destruição em massa, QUE DEPOIS SE COMPROVOU UMA NARRATIVA MENTIROSA COMO JUSTIFICATIVA, mas já era tarde demais. Coroava-se ali uma invasão iniciada a partir de informações falsas, que matou 507 mil pessoas, segundo o relatório do Instituto Watson de Assuntos Internacionais e Públicos, da Universidade de Brown, e da qual a região ainda não se recuperou.
• Israel tem interesse em manter um clima de confrontação no panorama mais amplo do Oriente Médio. Porque na medida em que o Irã (que arma grupos contra Israel como Hamas, da Palestina, e o Hezbollah, do Líbano.) é neutralizado, Israel ganha força para consolidar a ocupação da Palestina.
• O assassinato de um membro do altíssimo escalão do governo iraniano é considerado uma declaração de guerra e foi feito sem o aval do congresso norte-americano. Os EUA não precisam de autorização do mundo ou de cumprimento dos compromissos assumidos. A ver o foda-se que deram ao antigo Tratado de Kyoto ou mesmo o Acordo Nuclear com o Irã. Historicamente eles fazem o que querem e se preocupam apenas em disputar a narrativa dos fatos, manipulando opinião para tentar justificar suas ações ou mesmo amenizar sua impopularidade. Eles têm uma arma de guerra poderosa de destruição em massa cuja munição se chama ‘interesse dos EUA’. Essa arma já destruiu nações e matou milhões de pessoas, além de escravizar centenas de economias.
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Por Thiago Dhatt
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