Michel Temer não devia brincar com Roberto Jefferson.
O homem dos “instintos mais primitivos” já identificou que vem do Palácio do Planalto boa parte da artilharia que se detonou contra a sua filha Cristiane Brasil.
Foi dele, claro, o pedido para antecipar a posse, de amanhã para hoje, e criar um fato que interrompesse o bombardeio de denuncias contra o “arranjo” que paga sua dívida trabalhista com o dinheiro de uma assessora sinaliza que os Jefferson queriam testar a solidariedade de Temer diante da ameaça que pode inviabilizar a própria ascensão da filha-deputada ao cargo, bastando que um dos vários juízes que receberam ações contra a sua posse dê uma liminar.
Foi negado, porém.
Jefferson sabe que a moça pode não aguentar mais 24 horas e irritou-se profundamente com os comentários – em off – que estão alimentando O Globo, como o atribuído a um ” assessor palaciano”.
— Ela no Ministério do Trabalho é como alguém sair de Bangu e assumir a Secretaria de Segurança Pública. Sem contar que ela não é nenhuma Madre Teresa, o passado da família já condena.
Se aguentar, assume sem poder, vigiada por mil olhos.
O papai ” resgatado” está uma fera.
Por Fernando Brito