Luiz Teixeira da Silva Junior, dono da clínica Mais Consultas e responsável pelo laudo médico falso divulgado por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína, possui um histórico criminal extenso e controverso, que remonta a crimes de corrupção e fraudes.
Em 2019, ele foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão por falsificar um diploma de medicina e uma ata de colação de grau com o objetivo de obter registro profissional no Rio Grande do Sul. Junto com sua esposa, Liliane Bernardo Rios da Silva, ele foi preso na operação Pégaso, da Polícia Civil de São Paulo, que investigava um esquema de desvio de verbas da saúde pública.
O casal foi detido em um apart hotel de luxo em São José dos Campos, acusado de desviar mais de R$ 20 milhões em contratos de saúde pública em municípios paulistas como Cajamar, São Roque e Barueri.
A investigação revelou que o casal operava o esquema por meio de uma ONG chamada Federação Nacional das Entidades Sociais e Comunitárias (Fenaesc), utilizando empregados como laranjas para ocultar os crimes.
Com o dinheiro desviado, Luiz Teixeira e sua esposa adquiriram o plano de saúde Medical Rio, que servia para emitir notas fiscais falsas em benefício da empresa de fachada Pratice Administradora de Cartões LTDA, localizada em Mairiporã, São Paulo.
Mesmo com esse passado criminoso, Luiz Teixeira criou uma narrativa de sucesso em seu site oficial, contando uma história repleta de suposta superação. O site o apresenta como “um dos mais respeitados patologistas do país” e proprietário de grandes empresas, incluindo a Clínica Gianoto.
No entanto, sua formação é baseada em mentiras. O diploma que ele alega ter da Universidade de São Paulo (USP) foi comprovadamente falsificado, e a instituição Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), de Teresópolis, onde ele diz ter estudado, informou que ele nunca foi aluno.
Em entrevistas replicadas pela mídia, como uma matéria no portal R7, da Record, Teixeira é retratado como um exemplo de perseverança. A reportagem afirma que ele começou a trabalhar como office boy aos 14 anos e que, atualmente, é “captador de órgãos no Hospital Albert Einstein” e “adido diplomático da saúde”, além de supostamente ter sido agraciado com a medalha MMDC pela Polícia Militar de São Paulo. Contudo, muitas dessas informações são duvidosas e carecem de comprovação.
Além das fraudes na saúde pública, ele também possui negócios no setor imobiliário e de construção civil em Barueri, São Paulo, onde mantém a Clínica Gianoto.
Segundo relatos, o amigo de Marçal já teria atendido personalidades conhecidas, como Gugu Liberato e Patrícia Abravanel. Seu nome também aparece em projetos de pesquisa na área de transplantes, algo mencionado na mídia, mas que não possui validação acadêmica.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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