Representantes afirmaram que não se trata de uma greve contra o governo Lula, e sim contra o sucateamento das universidades e corrosão dos salários
A Comissão Executiva Nacional do PT se reuniu com uma comitiva de representantes da greve dos docentes para tentar intermediar as negociações pelo fim da paralisação, que já dura 50 dias. De acordo com informações do Metrópoles, estavam presentes a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e 13 presidentes de associações de docentes (seções do Andes-SN).
Segundo relatos, Gleisi tentou esclarecer o impasse que levou à greve e seu prolongamento na tentativa de facilitar a retomada de negociações entre o governo e os comandos nacionais de greves. Os docentes afirmaram que o movimento surgiu da insatisfação de sua base, frustrada com o sucateamento das universidades e corrosão dos salários. Os representantes também evidenciaram que não se trata de uma greve contra o governo Lula.
No dia 27 de maio, o Ministério da Inovação e Gestão em Serviços Públicos (MGI) fechou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), sem a assinatura do Andes. Na reunião, foi lida uma declaração da ministra da pasta, Esther Dweck, que alegou fechar o acordo com a Proifes por que o Andes não assinou acordos anteriores. Os docentes afirmaram que o governo “forçou” a assinatura do acordo, e que a Proifes representa apenas 10% da categoria.
Lindbergh Farias propôs a criação de uma comissão de deputados e membros da Executiva do PT para dialogar com autoridades do governo como Fernando Haddad, da Fazenda, e outras lideranças do governo no Congresso. Entre as possibilidades analisadas, está a realocação de verbas do Ministério da Educação (MEC) ou de outros ministérios ao reajuste salarial ainda em 2024 até articular um acordo no Congresso para uma pequena suplementação.
Reitores das universidades e institutos federais se reunirão com o presidente Lula na próxima segunda-feira (10) para tratar de assuntos relacionados à greve, incluindo a recomposição do orçamento das universidades e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Instituições.
Com informações do Brasil 247
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