Nota do Itamaraty condena operação militar que ameaça população palestina, além de reafirmar a defesa por um cessar-fogo, libertação de reféns e solução de dois Estados
Forças Armadas de Israel iniciaram um violento ataque à cidade de Rafah, onde está concentrada grande parte da população civil na Faixa de Gaza
Em nota divulgada na segunda-feira (6) pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro condenou o início da operação militar pelas forças armadas de Israel contra a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, onde está concentrada atualmente a maioria da população palestina. Rafah está localizada na fronteira com o Egito e a sua invasão pelas tropas israelenses pode ampliar ainda mais a crise humanitária na região e o número de civis palestinos mortos e feridos.
No texto, o governo brasileiro acusa Israel de descaso aos direitos humanos e ao direito humanitário ao promover a agressão contra o povo palestino.
“Ao optar, com essa ação militar, por deliberadamente intensificar o conflito em área sabidamente de alta concentração da população civil de Gaza neste momento, o governo israelense, mostra, novamente, descaso pela observância aos princípios básicos dos direitos humanos e do direito humanitário, a despeito dos apelos da comunidade internacional, inclusive de seus aliados mais próximos. Tal operação pode, ademais, comprometer esforços de mediação e diálogo em curso”, diz a nota.
O governo brasileiro reitera o apelo para que as instâncias de governança global superem a indiferença em relação ao conflito e também criticou o “imobilismo” do Conselho de Segurança da ONU que tem provocado o “aprofundamento da catástrofe humanitária na Faixa de Gaza”.
A nota do Itamaraty reafirma ainda o compromisso do Brasil na defesa de um cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns .
“Ao exortar todas as partes à interrupção imediata da violência e ao engajamento em conversações que propiciem cessar-fogo e libertação dos reféns, o Brasil reafirma seu compromisso com a solução de dois Estados, com base nas fronteiras de 1967, única via capaz de oferecer paz duradoura para os povos de Israel e da Palestina, assim como para a região do Oriente Médio”, enfatiza o documento.
*Com informações do PT Org
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