Nesta sexta passada(4), presidente foi recebido pelo cacique Raoni na Terra Indígena Capoto/Jarina, no Mato Grosso, para ouvir principais demandas das lideranças indígenas

O cacique Raoni e o presidente Lula, nesta sexta-feira passada(4)

O presidente Lula visitou a Terra Indígena Capoto/Jarina nesta sexta-feira (4). Ele foi recebido pelo cacique Raoni Metuktire na Aldeia Piaraçu para uma cerimônia de homenagens e para ouvir as principais demandas das lideranças indígenas. Antes mesmo de iniciar o discurso protocolar, Lula reconheceu o significado de estar dentro do Território do Xingu e próximo aos povos originários do Brasil.

“Eu já encontrei com os presidentes mais importantes do planeta […] eu já encontrei com imperador, eu já encontrei com todos os reis que existem na face da Terra e com todas as rainhas. Mas nenhuma dessas pessoas que eu encontrei, nenhum desses palácios que eu visitei, é mais importante do que essa visita que eu estou fazendo aos povos indígenas do Xingu”, resumiu o presidente, antes de ser ovacionado.

“Não existe, na face da Terra, nenhum homem, nenhum presidente, nenhum rei, mais representativo que o nosso querido Raoni”, prosseguiu.

Como forma de enaltecer a biografia e o respaldo do cacique de 93 anos, líder da etnia caiapó reconhecido internacionalmente pela luta para preservar a Amazônia e os povos originários, Lula concedeu-lhe a Medalha Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, a mais alta condecoração do Estado brasileiro.

“Guerreiro incansável na defesa dos povos indígenas, do meio ambiente e da Amazônia: nosso querido Raoni segue ativo em sua nobre missão”, elogiou o presidente. “É uma liderança que inspira paz, sabedoria ancestral e profundo conhecimento sobre as necessidades da Terra e a relação do homem com a natureza.”

Lula também reiterou seu compromisso com a população originária e com a preservação de sua cultura. “Somos um governo que respeita os povos indígenas, reconhece seus direitos e trabalha dia e noite, noite e dia, para que eles sejam assegurados”, pontuou.

Mudanças climáticas

Durante o discurso, o presidente disse ter “a noção exata do papel indispensável dos povos indígenas para a preservação da floresta e para o enfrentamento à mudança do clima”. “E isso é muito visível quando temos uma oportunidade como a de hoje de sobrevoar a região e ver do alto o verde e o respiro que o território indígena entrega ao planeta”, descreveu, em nome de todos os não indígenas presentes à cerimônia.

“Sem a proteção dos povos indígenas, o cuidado com a floresta e os rios, a crise climática traria eventos ainda mais extremos, de secas e inundações, para toda a população brasileira sem exceção”, acrescentou Lula.

O petista ainda definiu os povos originários como “fundamentais” para que o país consiga zerar o desmatamento na Amazônia até 2030 e cumprir as metas firmadas internacionalmente.

“Se alguém não compreende essa grandeza precisa saber que as menores taxas de desmatamento estão nos territórios indígenas, que reúnem 80% de toda a biodiversidade do nosso planeta”, argumentou.

Direitos dos povos originários

Por fim, o presidente lembrou que, pela primeira vez em 525 anos de história, o país observa lideranças indígenas ocupando cargos relevantes da estrutura do Estado, como no caso da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Ministério dos Povos Indígenas.

Sobre demarcações de novos territórios, Lula destacou que o governo segue empenhado em concluí-las.

“Os que reclamam que os indígenas têm muita terra no Brasil, o que equivalente a 14% do território nacional, não devem se esquecer que, um dia, os indígenas tinham todos os 100%”, comparou o petista.

“E, portanto, vocês têm direito de reivindicar, de brigar e de conquistar quantas terras forem necessárias para a gente manter o povo indígena, a sua cultura e a sua tradição. Viva os povos indígenas brasileiros”, concluiu.

Com informações do PT Org

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