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O dado foi revelado pela governadora em exercício do DF durante evento do Correio que discute o combate a esse tipo de crime

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

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Governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP) disse que em um momento onde os números do feminicídio estão altos, é necessário não só falar sobre os índices, mas mobilizar a sociedade. A fala ocorreu durante o Correio Debate, que tem como tema “Combate ao feminicídio: responsabilidade de todos” e acontece na tarde desta terça-feira (7/3).

De acordo com Celina Leão, em 2023, nove mulheres perderam a vida, uma a mais do que é divulgado oficialmente. “Não é mimimi. As mulheres continuam morrendo pelo simples fato de ser mulher”, ressaltou a governadora. “Temos, atualmente, 297 órfãos do feminicídio. É um crime continuado, não finaliza com a morte da mulher”, alertou Celina.

A atual chefe do Executivo local também afirmou que o GDF está trabalhando para tentar mudar essa realidade cruel na capital do país. “Estamos criando uma bolsa para que essas crianças, até os 18 anos, recebam auxílio do Estado”, revelou. “Também vamos aplicar uma legislação no DF que obriga a ter, nas escolas públicas, uma semana de seminários sobre o combate a violência contra as mulheres”, pontuou a governadora. A secretária de Atendimento à Comunidade, Clara Roriz, também esteve presente no evento.

O evento tem o objetivo de promover um ambiente de discussão que amplie a agenda de ações locais a uma esfera que ofereça a visibilidade necessária a essa questão, que é humanitária e de interesse nacional. Estão previstos três painéis, com diversos convidados, que vão discutir o assunto.

O primeiro painel tem como tópico principal “De casa à escola: o caminho da mudança”. Logo após, o debate segue para o segundo momento, que tem como tema “Avanços na legislação e desafios da implementação”. No terceiro painel, será discutido o papel da sociedade no combate ao feminicídio. O encerramento tem participação prevista do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli.

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