O ex-chefe do Executivo pretendia ficar com as peças de diamante
O então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, relatou a pessoas próximas que foi Jair Bolsonaro quem determinou que ele entrasse em contato com o então chefe da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes, para liberar as peças de diamantes “dadas” pelo governo da Arábia Saudita. A informação é da jornalista Bela Megale, d’O Globo.
A ordem foi dada ao subordinado após o então chefe do Executivo ter recebido um alerta de que as joias enviadas estavam apreendidas no Aeroporto de Guarulhos e que iriam para leilão.
Cid então telefonou para Julio Cesar, que o orientou a enviar um documento oficial para reaver as peças e detalhou como o procedimento deveria ser adotado. Na conversa com o assistente, Bolsonaro disse que ‘não ia deixar nada para Lula’.
Cid também relatou a aliados que as joias tinham como destino o acervo privado de Bolsonaro.
Ele e o próprio Bolsonaro devem ser ouvidos no inquérito instaurado pela Polícia Federal para apurar o caso.