Grupo Sabin conta com 6.700 colaboradores, sendo quase 77% mulheres. O sexo feminino ocupa 74% dos cargos de liderança da empresa
“Sou mulher, sou mãe de jovem, sou nordestina. Sou uma prova viva de que se você quiser, se você persistir, buscar conhecimento, você consegue seu lugar no mercado de trabalho”. A declaração de Nara Diniz, formada em ciências biológicas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e PhD na área de genética, é um retrato de que a luta das mulheres por mais igualdade no meio corporativo tem trazido conquistas.
A menina que adorava brincar nas ruas do bairro em que cresceu em Recife-PE, junto com as irmãs sempre foi incentivada pelos pais a estudar. Ainda na infância, Nara entendeu que mulher pode ter o seu espaço e saiu em busca do seu. Mesmo a gravidez ainda na adolescência não a impediu de persistir em seus objetivos. Apaixonada por ciências, foi cursar biologia. Com o apoio de toda família, pode conciliar as aulas e a maternidade, foram 12 anos de estudos da graduação ao pós-doutorado.
Atualmente, Nara faz parte do Setor de Genômica do Grupo Sabin e integra o quadro total de colaboradores da empresa composto por 77% de mulheres e com 74% dos postos de liderança ocupados por elas. Fundado por duas mulheres, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, há 38 anos, em Brasília, o Sabin incorporou em sua cultura organizacional práticas e valores que visam proporcionar igualdade de oportunidades entre os colaboradores e vem se consolidando cada vez mais como empresa referência na valorização do papel da mulher no mercado de trabalho brasileiro.
De acordo com a CEO da empresa, Lídia Abdalla, o Grupo Sabin prioriza o movimento de inclusão e possui um programa de diversidade estruturado, iniciativa criada para refletir sobre questões rotineiras que fomentem o respeito e a promoção de diversidade na empresa, além de treinamentos focados na temática e um tradicional bate-papo a fim de propagar o acolhimento na equipe. “Valorizar a diversidade nas empresas é dar oportunidade igual a todos. No Sabin, nós contratamos com foco nas competências, habilidades e valores. É parte da cultura da empresa fomentar o respeito às diferenças e promover discussões capazes de superar preconceitos e crenças limitantes”, afirma a presidente executiva.
Sobre as vantagens de ser uma empresa de alma feminina, a executiva afirma que “faz diferença na forma como lidamos com os nossos parceiros, clientes e gerimos a empresa. Por exemplo, temos como ideal investir nos nossos colaboradores para que eles continuem trabalhando e crescendo conosco. Um exemplo dessa cultura é a minha própria história profissional: em 2014, quando o Sabin completou 30 anos, assumi a presidência executiva da empresa. Iniciei na empresa em 1999, como trainee, e ao longo dos anos tive a oportunidade de ocupar várias posições no Grupo”.
Para Lídia Abdalla, a desigualdade de gêneros é um problema global. Segundo ela, os cargos de CEOs, presidência, altas lideranças ainda são ocupados, em sua maioria, por homens brancos. No setor de saúde, grande parte das empresas tem o cenário de muitas mulheres no quadro de colaboradores, mas quando se olha para a liderança, esse dado não acompanha. “Muitas vezes eu fui a única mulher em uma sala com 15 ou 20 presidentes de organizações. É quando você percebe a diferença e a desigualdade. Esse é o diferencial do Sabin. Somos maioria também em cargos de liderança.”
A CEO acredita que a equidade de gêneros é possível com uma mudança de cultura e também com políticas efetivas para esta transformação. “Eu venho de uma família de três filhos e eu sou a mais velha. Minha mãe foi professora, foi costureira, teve comércio. Eu cresci a vendo trabalhar, cuidar dos filhos e da casa e sempre foi natural. Isso faz toda diferença para ser quem eu sou hoje e como eu lidei para estar no mercado de trabalho, sobretudo em uma posição de alta liderança. As mulheres de fato não precisam ser mulher-maravilha, mas precisam ter autoconhecimento e melhor autoestima, sim. Se estudamos e nos preparamos, estamos capacitadas para assumir cargos de alta liderança na empresa. Não precisamos nos cobrar de sermos perfeitas e sempre acertar”, conclui Lídia Abdalla.
Desde 2016, o Sabin se tornou signatário dos 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, estabelecido pela ONU Mulheres, sendo um deles o tratamento de todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
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